UFRJ corta equipe de limpeza e freia plano de expansão
Em meio às restrições de verba, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) reduziu em 25% seu efetivo de serviços básicos, como limpeza, tentou mudanças na concessão de bolsas para calouros cotistas e provavelmente terá que conter seu plano de expansão de infraestrutura que estava em curso.
Após redução do efetivo e atraso nos repasses às empresas terceirizadas, funcionários de limpeza cruzaram os braços porque não receberam seus salários, levando ao adiamento do início das aulas --que deveriam ter começado no último dia 2, mas foram marcadas para segunda (16).
Além disso, a reitoria afirma que deverá conter "uma série de obras de infraestrutura para acomodar um número crescente de alunos".
"Novos laboratórios, obras nos campi de Macaé e Xerém, por exemplo. Essa expansão terá que ser contida", disse Carlos Levi, reitor da UFRJ.
A universidade foi obrigada a recuar em mudanças que cogitou fazer na concessão de bolsas para cotistas --benefícios mensais de R$ 400 para alunos da rede pública com renda familiar abaixo de 1,5 salário mínimo per capita.
REVISÃO DE BOLSAS
A princípio, a faculdade chegou a divulgar a necessidade de um período de avaliação de dois meses nas bolsas para confirmar as condições dos alunos ingressantes.
A medida foi interpretada pelos estudantes como uma ameaça de corte e de restrição dos benefícios.
A UFRJ recuou, porém, após manifestação de alunos na reunião do Conselho Universitário na quinta (12).
A universidade nega que a medida tivesse relação com os cortes orçamentários e afirma que a quantidade de bolsas concedidas --próxima de 2.000-- será mantida, assim como seu valor. O custo do programa é de R$ 7,7 milhões.
"Nossa motivação foi garantir tempo adequado para confirmação da documentação das condições de renda e necessidades de transporte público", diz a universidade.