Barulho da aeronave provocou pânico entre os moradores
Pedreiro diz que chegou a se abaixar dentro de casa, temendo que 'algum avião' atingisse sua residência
Local da queda do helicóptero que matou filho do governador de SP é um condomínio de classe média alta
Moradores da região do condomínio Fazendinha, em Carapicuíba, onde caiu o helicóptero em que estava Thomaz Rodrigues Alckmin, 31, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), dizem ter visto a aeronave rodopiar no céu e soltar faíscas do rotor --na parte traseira-- antes de atingir uma casa no local.
A queda matou os cinco ocupantes, Thomaz entre eles.
Na hora do acidente, por volta das 17h, muita gente estava em um supermercado a cerca de 600 metros do condomínio, que fica na estrada Fazendinha.
No local, o barulho da aproximação da aeronave em queda causou um clima de medo e tensão entre as pessoas. "Se caísse no supermercado naquela hora seria um desastre, porque ele estava lotado", afirmou Lucas Batista Ferreira, 18, estudante, que viu a aproximação do helicóptero e, com medo de ser atingido, correu para a rua.
De acordo com o jovem, desde que começou a ouvir o barulho da aeronave até a queda se passaram menos de cinco minutos.
A casa contra a qual o helicóptero se chocou estava em reforma e não havia ninguém naquele momento.
MEDO
Um dos primeiros a chegar ao local, o pedreiro Marcelo Pinheiro Lima, 38, disse que se abaixou dentro de casa quando ouviu o barulho, temendo que "algum avião" estivesse caindo em sua casa.
Em pouco tempo, o Corpo de Bombeiros isolou a área e manteve os curiosos a cerca de 500 metros dali.
Em pouco tempo, também, começou a circular a informação de que Thomaz --que era piloto profissional-- estava entre as vítimas.
Logo após o acidente, no entanto, nem a Polícia Militar nem o Corpo de Bombeiros confirmavam a informação. Com a confirmação oficial do governo paulista, cresceu a movimentação no local.
Os corpos das vítimas foram retirados da casa por volta das 23h em um carro do IML (Instituto Médico-Legal).
O condomínio Fazendinha, local do acidente, é na verdade um "bolsão de pequenos condomínios" com cerca de 700 casas --de classe média alta-- no total.
Até o final da noite, os moradores se mostravam perplexos com o acidente.