Flávio Monteiro de Barros Maciel (1954-2015)
Amava a medicina e o Corinthians
Sempre curioso e dedicado aos estudos, Flávio Monteiro de Barros Maciel era descrito por amigos e colegas como uma pessoa que sabia de tudo, menos jogar bola.
Ainda pequeno, no Colégio São Luís, na capital paulista, já era considerado um excelente aluno. No futebol, no entanto, não conseguia destaque, apesar da insistência em praticá-lo.
Com o tempo, a medicina apareceu como uma opção óbvia após três gerações de médicos na família, enquanto a dedicação ao futebol ficou restrita à fervorosa torcida para o Corinthians.
Depois de formado, se especializou em reumatologia e trabalhou em vários hospitais, além de dar aulas na Faculdade de Medicina da USP.
"Era um médico à moda antiga. Não se preocupava apenas com o corpo, mas com a alma e o espírito também", conta seu sobrinho Otávio.
Bem humorado, chegou a levar os internos a uma casa de batidas perto da universidade para discutir os casos.
A paixão pela profissão era tão grande que mesmo internado, já perto do fim, continuou a acompanhar os prontuários dos pacientes do quarto de hospital.
Sua grande companheira foi Maria Elisa, conhecida como Billy, com quem ficou casado até a morte, completando mais de 35 anos de união. Juntos, tiveram dois filhos.
Descrito como "agregador" pelo sobrinho, mantinha a tradição de almoços com a família aos sábados, sempre na casa da mãe, Lúcia.
Morreu no dia 31, aos 61 anos, em decorrência de um câncer. Deixa mulher, dois filhos, mãe e três irmãos.