Outro lado
Secretaria diz trabalhar para reduzir letalidade da polícia
A Secretaria da Segurança do governo de São Paulo diz, em nota, que todos os mecanismos de controle da letalidade policial no Estado estão funcionando e sendo reforçados "na atual gestão".
Segundo a pasta, ainda está em funcionamento a Comissão Especial de Redução da Letalidade –cuja recriação é pedida pela Ouvidoria, uma das instituições que integrariam o grupo.
A secretaria diz que a comissão fez, em maio, relatório sobre letalidade com indicação de afastamento de 102 PMs, cujas equipes haviam participado de "morte em decorrência de intervenção policial". Eles foram transferidos para "modalidades de policiamento com menos possibilidade de confrontos, pois não havia sido constatada nenhuma ilegalidade".
Sobre a ajuda psicológica, o governo diz que a PM submete o policial que participa de "morte em decorrência de intervenção policial em serviço" a atendimento psicológico e psiquiátrico para decidir sobre a necessidade de afastamento das ruas.
Indagado no fim da tarde desta segunda (21), o governo não informou que atendimento foi prestado aos PMs envolvidos na morte de dois homens rendidos no Butantã (zona oeste), no dia 7. Dois dos 11 PMs presos pelo crime haviam participado em janeiro de outras ações que também terminaram em mortes.
O governo diz ainda ter conseguido reduzir a letalidade policial em 15% nos últimos quatro meses, em relação ao mesmo período de 2014.
A pasta diz que os dados da Ouvidoria estão errados, que, de janeiro a julho, "houve 442 mortes decorrentes de intervenção policial e 49 homicídios por policiais em serviço e em folga" –ainda assim, recorde desde 2006–, e que os dados de agosto serão divulgados até o fim do mês.