Salomão Herman Gertner (1935-2015)
Empresário produzia desde o fio até a malha
As ruas do Bom Retiro, no centro de São Paulo, não eram apenas uma área famosa pelas compras para Salomão Herman Gertner. Foi lá que ele nasceu, cresceu e criou o seu próprio negócio.
Foram décadas dedicadas à indústria e à loja de roupas da família, que recebeu o nome de Pabeca, uma brincadeira com os nomes dos quatro filhos. "Ele chegou a produzir desde o fio até a malha", conta a caçula, Camila.
Fora do trabalho, a religião era um ponto importante na vida de Salomão, e que também o ligava ao Bom Retiro. Seu pai fundou lá a sinagoga que frequentou toda a vida.
De família polonesa, Salomão era o caçula de três filhos e o único a nascer no Brasil, depois que a família deixou o país natal, durante a Segunda Guerra Mundial.
As festas judaicas não eram apenas um compromisso para Salomão, mas um ritual importante, inclusive para reunir toda a família. "Ele se preparava, se dedicava. Sempre foi muito tradicional, mas ficou mais latente depois de aposentado", diz Camila.
Também se dedicou a associações como a Maçonaria e o Lions Club. Enquadrava e exibia os troféus, certificados e insígnias ganhos pelos trabalhos sociais feitos por elas.
"Ele tinha dois orgulhos: os filhos e as atividades assistenciais", conta a mulher.
Sua grande companheira foi Anita, com quem casou na década de 1970. "Foram 43 anos casados, mas o namoro foi tão especial que também conto, então são 44 anos de união", brinca ela.
Morreu no dia 22, aos 80 anos, em decorrência de uma pneumonia. Deixa mulher, quatro filhos e três netos.