São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 1999 |
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FORÇA NEOPENTECOSTAL Novos crentes valorizam a prosperidade | Culto com emoção vira mania | Ato reúne xeques e pastores | Galeria OUTROS CRISTÃOS Culto com emoção vira mania da Reportagem Local Diante do sucesso do movimento carismático, até mesmo as igrejas evangélicas tradicionais vêm cedendo ao apelo popular por cultos baseados na estética emotiva do neopentecostalismo. Segundo o sociólogo Waldo Cesar, autor do livro Pentecostalismo e o Futuro das Igrejas Cristãs _em parceria com o teólogo Richard Shaull_, batistas, metodistas, presbiterianos e até mesmo luteranos já possuem cultos carismáticos em suas igrejas. Em alguns casos, essas celebrações são um pouco menos festivas do que as dos neopentecostais propriamente ditos, mas o espírito é o mesmo, afirma. Na avaliação de Cesar, a busca por uma forma de espiritualidade mais vinculada à emoção é o que explica o avanço atual do movimento carismático. O próximo século será o dos carismáticos, e nenhuma igreja está resistindo a essa explosão de espiritualidade, diz. Quem tentar resistir perderá seus membros. Esse é um movimento que tomou conta do cristianismo. Assim como na Igreja Católica, os carismáticos enfrentam resistências dos pastores ligados aos ramos tradicionais da religião. Para evangélicos históricos, por exemplo, as cerimônias neopentecostais, repletas de músicas movimentadas, ferem sua concepção mais silenciosa de louvor a Deus. O educador Alexandre Cardoso Leal, 26, frequenta há cerca de cinco anos a igreja Batista Filadélfia, segundo ele, uma dissidência carismática dos batistas históricos. Temos mais música, coreografias e misticismo. Não chegamos ao extremo de pulos e de gritaria, mas o culto é muito mais parecido com o de uma igreja neopentecostal do que com o de uma batista propriamente dita, explica. A opção pela Batista Filadélfia ocorreu depois de Leal ter assistido a vários cultos históricos. Minha adaptação na igreja em que estou foi melhor. Ela é mais alegre, mais convidativa, mais para cima, define o educador, funcionário da Associação Evangélica Beneficente. Nesse momento, não trocaria a Filadélfia por nada. Ela tem um fundamento sólido por ser histórica e, ao mesmo tempo, um culto alegre, que motiva a gente. (PZ) |
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