São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 1999




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DIRETRIZES
Igreja mantém seus vetos

da Reportagem Local

Os preparativos da Igreja Católica para o novo milênio começaram há três anos, mas muitas das diretrizes que serão seguidas foram definidas no Concílio Vaticano 2º (62-65), que modernizou a linha de evangelização católica.
Reunião extraordinária da cúpula da Igreja convocada pelo papa João 23, o concílio defendeu o ecumenismo entre os cristãos, enfatizou o trabalho missionário e transformou a liturgia da missa.
Entre outras coisas, o concílio permitiu que as missas fossem feitas na língua de cada país e não mais em latim, como ocorria até então. “O Concílio Vaticano 2º foi o que mais preparou a Igreja para o novo milênio”, diz dom Demétrio Valentini, bispo de Jales.
Na opinião de dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador (BA), a atuação da Igreja no novo milênio será uma continuação do trabalho iniciado com o Concílio Vaticano 2º.

CONDENAÇÃO AOS ANTICONCEPCIONAIS
Apesar de disposta a renovar suas práticas, a Igreja se mantém intransigente quanto aos costumes que pretende ver adotados pelos fiéis. Continua a condenar o uso de anticoncepcionais e o sexo fora do casamento, por exemplo.
Como consequência, a Igreja tem de se confrontar com fiéis que simplesmente desconhecem suas orientações no que diz respeito à vida particular.
Dificilmente uma católica, praticante ou não, achará que está cometendo um atentado à vida por tomar anticoncepcionais. Mas a reforma nessa área não está nos planos dos dirigentes da Igreja.
Dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, acredita que o caminho para reduzir a distância entre os preceitos da Igreja e a prática de seus seguidores não é a redução das exigências, mas a demonstração da justificativa teológica das restrições.
“A evangelização deve preceder a formação moral. As pessoas só vão entender por que a Igreja proíbe no dia em que elas tiverem uma experiência profunda de Deus e uma visão mais ampla do que é a dignidade humana”, diz Hummes. (CT)

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