Trajetória de Haydn é tema de novo livro da Coleção
Volume sobre músico austríaco sai em 14/12
Vida e obra do compositor Joseph Haydn (1732-1809) estão no volume da Coleção Folha que vai às bancas no próximo domingo (14).
Cantor de coral talentoso na infância, o austríaco logo se envolveu com música. Ele até recebeu um convite para fazer a operação que lhe tornaria um "castrato", de eterna voz infantil, mas declinou.
"Haydn foi essencial para a independência da música instrumental, antes muito atrelada à voz", diz Sidney Molina, violinista e crítico musical que assina o livro.
O músico destaca a carreira perfeita de Haydn, sempre ascendente, que incluiu aulas para Beethoven (1770-1827).
Parte do sucesso veio da liberdade para experimentar. "Por mais de três décadas, ele trabalhou para uma rica família húngara que lhe dava carta branca", explica Molina.
Tanta autonomia deixou um legado de mais de uma centena de sinfonias. Três delas (de número 88, 92 e 94) estão inteiras no CD, tocadas pela Orquestra Filarmônica de Viena, regida por Leonard Bernstein (1918-1990).
A segunda é conhecida como "Oxford", alusão à cidade inglesa cuja universidade deu a Haydn o título de doutor honorário. Na imprensa britânica, ele era chamado de Shakespeare da música. A última ("Surpresa") é uma das ditas "Sinfonias de Londres".