'Nasci para esse papel', diz Schwarzenegger no Brasil
Ator veio ao país promover o 5º filme da franquia 'O Exterminador do Futuro'
Aos 67 anos, austríaco retoma o personagem mais marcante de sua carreira, que o tornou célebre nos anos 1980
Arnold Schwarzenegger já teve três vidas: fisiculturista, ator de Hollywood e político. Se pudesse ter uma quarta, seria um astro de rock. "Sempre achei que seria legal ser o Mick Jagger, que, aos 70 anos, pula, dança e leva as pessoas à loucura", diz. "Tenho muita admiração por isso."
Aos 67, Schwarzenegger também espera animar o público como quando era mais jovem. Está de volta à franquia "Exterminador do Futuro" --o quinto filme, "Gênesis", estreia no país em 2 de julho.
No Rio para participar da terceira edição da Arnold Classic Brasil --mistura de feira de negócios nas áreas de nutrição esportiva e equipamentos fitness--, o ator aproveitou para promover o novo filme.
Schwarzenegger fez os três primeiros longas da franquia e apenas uma ponta no quarto da série, "A Salvação" (2009), rodado quando ele era governador da Califórnia (2003-2011). "Não é o meu 'Exterminador' favorito", comenta ele, diplomático.
Desta vez, aceitou o papel porque queria voltar à franquia. "Gosto de fazer todo tipo de filme, mas alguns as pessoas amam mais. 'Exterminador' é um deles. E eu nasci para esse papel", disse.
DE VOLTA PARA O FUTURO
"O Exterminador do Futuro: Gênesis" recria a premissa da produção original, de 1984, dirigida por James Cameron, mas com situações bem diferentes.
Assim como no primeiro, o líder dos humanos na guerra contra as máquinas, John Connor (Jason Clarke), manda o soldado Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984 para salvar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen da série "Game of Thrones"), e assim garantir que ele mesmo, John, possa nascer.
Na entrevista em que apresentou o filme à imprensa na segunda (1º), Schwarzenegger comparou o trabalho no set em 1984 e em 2015.
"É muito difícil filmar com uma tela verde. Numa cena, seguro um ônibus prestes a cair de uma ponte com uma mão. Na verdade, ali só tem uma tela verde e um bando de gente em volta. Você tem que ser bom de fantasia."
O ator diz que não teve dificuldade de se readaptar ao comportamento de um ciborgue. "Voltar a um personagem é como andar de bicicleta. Não importa quanto tempo você passe longe dele, quando recomeça, tudo volta à memória."
Schwarzenegger garante que nada mudou. "O esqueleto do Exterminador é o mesmo de sempre. O que envelheceu foi o tecido humano que cobre o esqueleto", diz. "Então eu tive que garantir que estaria em forma. Malhava duas vezes por dia."
Como em uma das cenas que foram exibidas à imprensa, em que o Exterminador repete: "Estou velho, mas não sou obsoleto".