Bolsa tem 1ª semana positiva no mês, e dólar sobe para R$ 3,585
Vice do Fed diz que juros ainda podem subir em setembro
A Bolsa brasileira teve baixa de 1,18% no Ibovespa, principal índice do mercado de ações, devido ao encolhimento maior que o esperado da economia brasileira e ao mau humor nas Bolsas dos EUA. Mesmo assim, terminou a semana com uma alta acumulada de 3,14%. Foi a primeira alta semanal no mês.
O vice-presidente do Fed [BC dos EUA], Stanley Fischer, afirmou que não está descartada uma alta de juros em setembro. Na quarta (26), o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, havia afirmado que o início do aperto passou a ser "menos convincente" após a derrocada nas Bolsas chinesas.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,12% nesta sexta (28), terminando em R$ 3,585. Na semana, houve avanço de 2,50%. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,98% no dia e 2,63% na semana, encerrando a R$ 3,587.
A Bovespa caiu 1,2% nesta sexta, mas encerrou a semana com ganho de 3,1%. O Dow Jones (Nova York) terminou o período com alta de 1,1%.
CÂMBIO
O Banco Central deu indicações de que deve manter em setembro a mesma estratégia de intervenções no câmbio que foi utilizada até o final deste mês.
A instituição sinalizou nesta sexta-feira (28) que deve renovar 100% dos contratos de câmbio que têm vencimento no começo de outubro.
Esses contratos equivalem à venda futura de dólares e são o principal instrumento de intervenção cambial do governo. Nos contratos de swap cambial, o BC oferece ao mercado proteção contra a valorização do dólar.
O BC informou também que vai renovar empréstimos de reservas internacionais em dólar por mais alguns meses, dependendo da demanda do mercado. O valor total do leilão que será realizado na próxima segunda-feira (31) pode chegar a até US$ 2,4 bilhões.