Dólar recua 1,8% sob a expectativa de EUA só elevarem juros em 2016
Queda semanal da moeda foi de 5,4%, a maior em quase 7 anos
O dólar voltou a fechar em queda nesta sexta-feira (9), ainda beneficiado pela expectativa de adiamento da elevação dos juros nos Estados Unidos.
A demora do Fed (o banco central dos EUA) em agir favorece os países emergentes, que temem fuga de investidores com o aumento de atratividade dos títulos do Tesouro norte-americano.
Com isso, a tendência de queda da divisa espalhou-se por esses mercados. Na comparação com as 24 principais moedas emergentes, o dólar caiu em relação a 22.
A divisa americana também perdeu força em relação ao euro e ao franco suíço.
No Brasil, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,79% sobre o real, cotado a R$ 3,756. A moeda acumulou perda semanal de 5,36%, a maior em quase sete anos.
Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, recuou 0,92%, para R$ 3,759 –menor cotação desde 1º de setembro. Na semana, houve desvalorização de 4,74%.
Apesar do alívio externo, as preocupações com o noticiário interno continuam, o que levou os juros futuros a terminarem a semana em alta. A elevação contínua das taxas pode prejudicar a capacidade de financiamento das empresas no país.
O contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 15,230% na última sessão para 15,560%. Já o DI para janeiro de 2021 passou de 15,320% a 15,650%. A taxa de DI para janeiro do ano que vem ficou estável em 14,320%.
AÇÕES EM ALTA
No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,47%, a nona alta consecutiva.
Com o resultado, o Ibovespa registrou a maior sequência de valorização desde agosto de 2010.