Utah aprova execução de presos por fuzilamento
Projeto ainda precisa de aval do governador
O Senado do Estado de Utah (EUA) aprovou na terça (10), por 18 votos a 10, uma lei que autoriza o fuzilamento para executar os condenados à morte caso o Estado não disponha de injeções letais.
Para entrar em vigor, porém, o projeto precisa ser aprovado pelo governador, o republicano Gary Herbert.
Embora o Estado tenha decretado em 2004 a injeção letal como o método a ser usado para as execuções, os condenados à morte podem escolher se preferem morrer assim ou por fuzilamento.
Em 2010, o condenado Ronnie Lee Gardner optou por ser fuzilado, fazendo Utah ser o último Estado americano a usar tal método.
O autor do projeto, o deputado republicano Paul Ray, disse ao jornal "Los Angeles Times" que o fuzilamento é uma opção mais "humana" que uma injeção defeituosa.
Em 2011, Estados começaram a ter problemas com a provisão das substâncias usadas nas injeções.
Desde então, eles vinham testando fórmulas novas, que no ano passado falharam em três ocasiões, provocando sofrimento prolongado no preso antes da morte.
Por esse motivo, alguns Estados, como Oklahoma e Flórida, suspenderam suas execuções à espera de que o Tribunal Federal de Justiça opine se é legal o uso dos componentes que falharam.
Desde que a pena capital foi instaurada nos EUA, em 1976, apenas três dos 1.402 executados foram mortos por fuzilamento: dois em Utah e um em Oklahoma.
Oklahoma também aprova o fuzilamento caso as injeções sejam declaradas inconstitucionais.
Nenhum dos condenados em Utah tem a execução programada para antes de 2017.