Rio quer recuperar R$ 4 bilhões com cortes e cobrança de dívidas
Governador quer compensar as perdas com receitas de royalties
O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira (5) suas metas fiscais para 2015.
A primeira é economizar R$ 1,5 bilhão com cortes no orçamento das secretarias.
A segunda, obter uma receita aproximada de R$ 2,5 bilhões com pagamentos de grandes empresas inadimplentes listadas na Dívida Ativa do Estado.
A projeção foi anunciada pelo governador reeleito Luiz Fernando Pezão (PMDB), durante a cerimônia de posse dos secretários de sua gestão.
O desafio de Pezão é compensar a perda de R$ 2,2 bilhões em receitas de royalties do petróleo, estimativa calculada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) para o ano de 2015.
O governador pretende reduzir as gratificações especiais em até 35% e diminuir os gastos das secretarias entre 20% e 25%. Esses cortes devem atingir mais de 15 mil funcionários públicos.
Em discurso aos secretários, ele ressaltou que todos deveriam rever contratos que estão em vigor, como os de telefonia e de locação de carros da frota do Estado.
"Não tem vaidade neste governo. Não tem supersecretário. Quero que vocês lutem por cada real", disse o governador durante o evento.
"Está proibido gastar o que não tem. Vamos gastar o que arrecadar. Aqui não tem cheque especial", acrescentou.
Os detalhes sobre os cortes de gastos estabelecidos para cada secretaria serão divulgados nesta terça-feira (6) no "Diário Oficial" do Estado.
As perdas na arrecadação com royalties estão relacionadas à queda no preço do petróleo.
O preço do barril de petróleo, que já atingiu a marca de US$ 110 no ano de 2013, atualmente oscila em torno de US$ 60.