Outro lado
Firmas citadas no caso negam irregularidades
Alvos da ação de indenização do governo estadual, as empresas acusadas de fraudar licitações de trens em São Paulo negam participação em irregularidades e afirmam que estão colaborando com as investigações do caso.
"A Tejofran jamais participou de qualquer tipo de irregularidade ou conduta anti-concorrencial. Nega e repele toda e qualquer participação na suposta formação de cartel. A empresa venceu licitações por oferecer os preços mais competitivos. Conforme sua postura, se coloca à disposição para todos os esclarecimentos necessários", diz a empresa, em nota.
A assessoria de imprensa da Alstom informou que a firma não foi notificada sobre a ação judicial e que realiza negócios de acordo com a lei.
Em nota, a Siemens afirmou que "em linha com seu compromisso com negócios limpos", a empresa "proativamente compartilhou com o Cade e demais autoridades públicas no Brasil as informações e documentos obtidos durante suas auditorias internas, os quais deram origem a diversas investigações quanto a possíveis práticas irregulares incluindo a formação de um cartel no setor metro-ferroviário no Brasil".
A MPE informou que vai aguardar o andamento do processo para se pronunciar.
A Mitsui disse não ter ciência sobre a abertura da ação. Por isso, não comentará.
As empresas Bombardier, MGE e Balfour Beatty afirmaram que não iriam se manifestar sobre o processo.
Interlocutores da Iesa não responderam até a conclusão desta edição. A Folha não localizou representantes da CAF, TTrans e Temoinsa.