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Crítica: Marilyn Monroe radiante aquece clássico de Billy Wilder
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INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A frase, provavelmente a mais célebre que o cinema já produziu, encerra "Quanto Mais Quente Melhor": "Ninguém é perfeito!".
Antes que ela aconteça, no entanto, estaremos diante de uma das melhores comédias que o cinema produziu nos anos 1950.
Ali, Tony Curtis e Jack Lemmon são dois músicos que, após testemunharem um assassinato, disfarçam-se de mulher para escapar aos gangsters e conseguem emprego numa orquestra de mulheres.
Quem toca ali é a curvilínea Marilyn Monroe (a real razão de ser da reprise: no domingo completam-se 50 anos de sua morte).
Divulgação | ||
Cena da comédia "Quanto Mais Quente Melhor", com Marilyn Monroe |
Entenda-se a situação dos rapazes: se em condições normais já não é fácil se passar por mulher, imagine-se com Marilyn pelas imediações.
Para que o perigo não seja pequeno, a orquestra vai dar a horas tantas bem no hotel onde se realiza uma convenção de gângsteres.
E, ainda um pouco pior, Tony Curtis não resiste a Marilyn e, para seduzi-la, assume outro disfarce, o de milionário, enquanto Lemmon, sempre em travesti, desperta a ardente paixão de um milionário de verdade.
O filme bordeja a vulgaridade, mas nunca o diretor Billy Wilder permite que ele entre por esse caminho.
Eram assim as comédias de Wilder, onde a vantagem adicional, como neste caso, era contar com uma Marilyn radiante, já que Wilder era dos raros cineastas que não se incomodava com os atrasos e inseguranças de sua estrela.
Dizia ele: "Sim, ela atrasa, é verdade. Já eu tenho uma tia que nunca atrasa, mas ninguém pagaria um centavo para vê-la numa tela".
A observação diz muito sobre o estilo de Wilder, irônico ao extremo e capaz de manter sempre um distanciamento de seus personagens.
E Marilyn? Com Marilyn, é incrível, 50 anos depois, ainda vibramos.
QUANTO MAIS QUENTE MELHOR
DIREÇÃO: Billy Wilder
PRODUÇÃO: EUA, 1959
ONDE: Espaço Unibanco Augusta
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
AVALIAÇÃO: ótimo
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