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11/08/2012 - 04h37

Presença de Penderecki fortalece projeto da Filarmônica de Minas

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SIDNEY MOLINA
CRÍTICO DA FOLHA

Em vez de colcheias, o tempo marcado em segundos: "Polimorphia", de Krzysztof Penderecki, 78, foi regida pelo próprio compositor em Belo Horizonte na última terça-feira.

Nessa obra de 1961, a complexidade resulta de gestos musicais simples, pois a divisão de funções na orquestra de cordas gradua os acontecimentos simultâneos.

Tudo ocorre dentro de uma forma ternária, em construção que se dá no âmago da matéria sonora. E, depois de nove minutos, vem a surpresa derradeira: um solene dó maior sustentado por todos os músicos.

Esse dó maior não é símbolo de vileza --como no "Wozzeck" de Alban Berg (1885-1935)--, ele se torna puro som esculpido, apenas mais um timbre a soar.

Na primeira parte o compositor polonês já havia apresentado o seu "Concerto para Viola" (1983) --que teve o impecável Roberto Díaz como solista--, obra que fez pensar muito em Bartok (1881-1945), mas também no brasileiro Marlos Nobre.

Foi preciso, entretanto, esperar os dois movimentos finais da "Sinfonia n.3" de Mendelssohn (1809-47) para apreciar mais detidamente a evolução da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Apesar da regência um tanto apressada de Penderecki e da acústica um pouco seca do Palácio, a orquestra mostra precisão, afinação e equalização. Mas certamente poderia haver mais calor e projeção no som das cordas.

Com tranquilidade mineira a Filarmônica segue na direção de sua nova sala, cuja construção deve começar em breve. Mas já é uma equipe coesa, que faz música no palco e nos bastidores.

FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS DIRIGIDA POR KRZYSZTOF PENDERECKI
AVALIAÇÃO bom

 

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