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14/08/2012 - 15h31

Colecionador confirma perdas de Di Cavalcanti e Guignard em incêndio

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FABIO BRISOLLA
DO RIO

Visivelmente abalado, o colecionador e marchand Jean Boghici falou no início da tarde desta terça-feira (14) sobre o incêndio em seu apartamento de Copacabana, que destruiu parte de um acervo formado ao longo de 50 anos.

Incêndio destrói apartamento com coleção de arte valiosa
Pintura "Samba", de Di Cavalcanti, foi destruída em incêndio no Rio

"Muita coisa se salvou, outra parte queimou. O que posso fazer? É uma fatalidade", disse Boghici, na portaria do edifício na rua Barata Ribeiro, ao lado de sua mulher, Geneviève.

Boghici confirmou a perda de duas obras significativas: "Samba", de Di Cavalcanti, e "A Floresta", de Alberto Guignard.

"Estou com sentimento de raiva e de vingança. Vou me vingar fazendo uma bela exposição no Museu de Arte Do Rio (MAR)", disse o colecionador, que lamentou também a morte de seu gato de estimação.

O curador Leonel Kaz confirmou a realização da exposição com obras do acervo de Boghiti no MAR, previsto para inaugurar em novembro.

"O que se perdeu de Antonio Dias será substituído por Antonio Dias. O que se perdeu de Guignard será substituído por Guignard. É isso que vamos tentar fazer", afirmou Kaz.

O INCÊNDIO

O incêndio ocorrido na noite de segunda na cobertura do marchand e colecionador Jean Boghici deixou em estado de alerta o mercado de arte brasileiro.

Nascido na Romênia, Boghici, 84, desembarcou no Rio, em 1949, e virou uma referência no mercado de arte da cidade, como galerista e colecionador.

Dono de uma galeria em Ipanema, ele mantinha em seu apartamento um acervo com pinturas de Tarsila do Amaral, Milton Dacosta, Cícero Dias, o quadro "Samba" de Di Cavalcanti, e outras dezenas de obras emblemáticas, brasileiras e estrangeiras.

Diretor da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Jones Bergamin classifica o acervo de Boghici como "a mais valiosa coleção particular de arte brasileira".

 

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