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16/08/2012 - 05h59

Marchand tenta restaurar telas queimadas

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FABIO BRISOLLA
DO RIO

O colecionador Jean Boghici já identificou as principais perdas causadas pelo incêndio que atingiu seu apartamento na última segunda.

Além de "Samba" (1925), de Di Cavalcanti, e "Floresta Tropical" (1938), de Alberto da Veiga Guignard, outra obra emblemática da arte do país foi consumida pelo fogo: a pintura "A Mulher e o Galgo", produzida por Vicente do Rego Monteiro em 1925.

A lista do patrimônio nacional destruído inclui ainda a pintura "A Leitura" (1914), de Lasar Segall, e ao menos duas das cerca de 40 obras de Antonio Dias que o colecionador tinha -ele foi um dos maiores incentivadores da carreira do pintor paraibano.

"Não conversei com o Jean diretamente, mas soube por uma pessoa que esteve lá que alguns dos meus trabalhos queimaram", disse Dias. "Um deles é um dos premiados da Bienal de Paris de 1965."

Do catálogo estrangeiro, duas perdas se destacam: uma tela de 1931 do uruguaio Joaquín Torres-García e uma paisagem rural do Rio do francês Nicolas Antoine Taunay do início do século 19.

Há ainda obras atingidas por fuligem, em estado crítico: um quadro de Ismael Nery, três telas de Alfredo Volpi (uma delas intitulada "Amendoeira") e uma segunda pintura de Lasar Segall.

"Técnicos em restauração estão no apartamento avaliando se existe possibilidade de recuperar essas obras", disse Leonel Kaz, responsável pela mostra do acervo de Jean Boghici programada para inaugurar o Museu de Arte do Rio, em novembro.

Kaz acrescentou que 15 das 150 obras da mostra foram atingidas pelo incêndio.

As marcas na sala de estar da cobertura de Boghici, em Copacabana, mostram que as chamas atingiram principalmente o teto e partes altas das paredes. Por isso, muitas obras que estavam mais perto do chão, assim como os móveis do designer Joaquim Tenreiro, ficaram intactos.

Os dois quartos, um usado pelo casal Boghici e outro por sua filha, Sabine, foram mais castigados pelas chamas.

Entre as peças preservadas estão obras de Wassily Kandinsky e do italiano Alberto Burri, três telas de Tarsila do Amaral, uma pintura abstrata do holandês Karel Appel, a escultura "O Beijo", de Rodin, entre outras relíquias.

Um móbile de Alexander Calder, pendurado no teto da sala de estar, caiu no chão quando o incêndio começou, e assim se salvou.

Colaborou MARCO AURÉLIO CANÔNICO, do Rio

 

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