Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/10/2012 - 05h29

Crítica: Após dez anos, Planet Hemp volta à ativa com vigor intacto

Publicidade

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

"Senhoras e senhores, a esquadrilha da fumaça está de volta." A saudação de Marcelo D2 foi a senha para acender o público que lotava o Circo Voador, no Rio, na madrugada do último sábado (29).

Após uma ausência de quase dez anos, o Planet Hemp retornava aos palcos mostrando, em um show antológico, por que foi uma das pontas de lança do movimento que revigorou o rock e o rap nacionais nos anos 1990. O público estava sentindo falta.

Não por acaso, o que foi planejado para ser uma única apresentação, em comemoração aos 30 anos do Circo, virou uma turnê completa que já tem 11 datas (em São Paulo, dia 14/11, com ingressos esgotados) e que se estenderá até 2013, com show no festival Lollapalooza Brasil.

Reativado com sua formação mais famosa quase inteira --D2 e BNegão nos vocais, Rafael na guitarra, Formigão no baixo, Pedrinho na bateria (no lugar de Bacalhau)--, o PH fez no Rio uma apresentação como nos velhos tempos: explosiva, esfumaçada, empolgada e empolgante.

Felipe Diniz/Divulgação
BNegão e Marcelo D2 (à dir.) em show no Rio
BNegão e Marcelo D2 (à dir.) em show no Rio

A pausa de quase uma década permitiu ao repertório dos três discos um descanso revigorante: os sucessos mais rodados (como "Mantenha o Respeito" e "Dig Dig Dig") soaram renovados e poderosos, e foi bom lembrar pedradas esquecidas como "Adoled" e "Ex-quadrilha da Fumaça".

Mesmo sem a forma física de seus 20 e poucos anos, D2 e BNegão mostraram animação e algum fôlego para sustentar os característicos vocais metralhados, principalmente nas canções mais "hardcore" --e foram várias, como "Futuro do País" e "Seus Amigos".

A mistura de "rap, rock and roll, psicodelia, hardcore e ragga" causou a balbúrdia de sempre: rodas com jovens pulando e se trombando, muita gente se jogando do palco (inclusive D2), muita gente queimando tudo (inclusive D2).

As letras --parte pró-maconha e antipolícia, parte denunciando mazelas sociais-- foram cantadas em coro.

Coube ainda a tradicional homenagem a um de seus companheiros de geração, Chico Science, com a versão pesada de "Samba Makossa", que a banda incorporou ao seu repertório.

Se o quinteto mantiver, ao longo da turnê, a mesma empolgação demonstrada no Rio, o show certamente estará listado entre os melhores nacionais em 2012.

Aos velhos fãs e aos jovens roqueiros, cabe aproveitar a volta do Planet Hemp: quem não a conheceu, agora pode ver para crer. Quem jamais a esqueceu, vai reconhecer.

PLANET HEMP
AVALIAÇÃO ótimo

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página