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Walt Disney refletia o pensamento de sua terra, diz Philip Glass
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MADRI
O compositor americano Philip Glass, que acaba de lançar "The Perfect American", ópera sobre Walt Disney (1901-1966), acha que as pessoas não deviam se surpreender com as visões políticas e sociais do protagonista da peça.
Walt Disney é racista e megalômano em nova ópera de Philip Glass
Passado de criador do Mickey é tema de 2 filmes de seu estúdio
Ele relativiza a responsabilidade do criador do Mickey sobre suas próprias ideias. Considera que elas são um produto do contexto em que ele vivia.
Divulgação | ||
Philip Glass, autor de "The Perfect American", ópera sobre Disney em cartaz em Madri |
"É um homem que nasceu há mais de 110 anos, numa parte do país muito conservadora. Disney tinha ideias de um típico habitante branco do Sul dos EUA", diz à Folha Glass, que completa 76 anos na quinta-feira (31).
O que chama a atenção no trabalho, de cara, são certamente as polêmicas sobre a personalidade de Walt Disney, mas o compositor afirma que o que há de essencial na obra é um assunto mais profundo --a morte.
"É um problema universal. A peça mostra como alguém tão pouco usual pode ser como tantas outras pessoas."
ICÔNICOS
Glass já compôs mais de 20 óperas. "Kepler", sobre o matemático Johannes Keppler (1571-1630), "Satyagraha", baseada na vida de Mahatma Gandhi (1869-1948) e "Einstein on the Beach", em que o cientista Albert Einstein (1879-1955) está presente, são exemplos de seu interesse por personalidades icônicas.
"Gosto desses personagens maiores do que a própria vida. De todos com que já trabalhei, acho que o mais famoso é Walt Disney. Há algo de importante em dar à arte e ao entretenimento uma maior relevância. Ele sabia que estava estabelecendo um novo padrão, uma nova ideia para a cultura popular."
Glass já trabalhou para a empresa criada pelo personagem retratado em "The Perfect American", produzindo a trilha sonora do filme "Kundun" (1997), de Martin Scorsese. "Não é o típico filme da Disney. Mas foram eles que investiram e produziram. E minha experiência com a Walt Disney Company foi muito boa."
Não há previsão de a ópera vir ao Brasil, mas a última récita poderá ser vista pela internet, no dia 6 de fevereiro, pelo site www.medici.tv. (LEONARDO LUÍS)
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