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12/02/2013 - 06h02

Personagens femininos fortes dão o tom da competição em Berlim

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RODRIGO SALEM
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

Se o Festival de Cannes de 2012 foi criticado pela presença tímida de mulheres cineastas, a Berlinale fez o exato oposto: dedicou boa parte de sua competição principal a longas com papéis femininos fortes, incluindo desde relações entre mães e filhos até paixões homossexuais.

Hélio Oiticica é lembrado em vários eventos

A tendência ficou bem delineada com a exibição, ontem, do romeno "Child's Pose", de Calin Peter Netzer, sobre uma mãe (Luminita Gheorghiu) de classe média alta de Bucareste que usa sua influência para livrar o filho (Bogdan Dumitrache) da cadeia após um acidente.

"Tudo começa com as mulheres, então nada mais natural que elas ganhem esse espaço", disse Gheorgiu, que, ao lado de Paulina Garcia, protagonista de "Gloria" (outro representante conduzida por trama feminina), é favorita ao Urso de Prata.

Divulgação
Luminita Gheorghiu é uma mãe que tenta salvar o filho no longa romeno "Child's Pose"
Luminita Gheorghiu é uma mãe que tenta salvar o filho no longa romeno "Child's Pose"

Apesar disso, os longas não caem na armadilha de representar o universo das mulheres por ângulos limitados e se filiam a gêneros variados.

O canadense "Vic + Flo Saw a Bear", de Denis Côté, é um romance trágico entre duas ex-presidiárias com altas doses de humor negro.

"Layla Fourie", de Pia Marais, é uma coprodução entre Alemanha e África do Sul sobre uma mãe solteira negra (Rayna Campbell) que luta pela guarda do filho durante o apartheid.

O badalado "La Réligieuse", de Guillaume Nicloux, é uma adaptação da obra "A Religiosa", de Denis Diderot, que reflete a situação da mulher moderna na França, mesmo sendo um filme histórico.

"Tive essa ideia quando minha filha de 15 anos me disse que havia lido a obra e que ela não via diferença em relação ao mundo de hoje, no qual as mulheres não podem escolher se querem ter filhos ou usar camisinha", falou o cineasta francês à Folha.

Até o faroeste alemão "Gold", de Thomas Arslan, é protagonizado por uma mulher (Nina Hoss).

Se o americano "The Necessary Death of Charlie Countryman" foi o único (e terrível) representante com "punch" masculino, o Steven Soderbergh de "Side Effects" quer mostrar que o país sabe criar bons papéis femininos.

Seu thriller, que passa hoje na festival, mostra uma garota (Rooney Mara) viciada em tranquilizantes que podem (ou não) tê-la impulsionado a cometer certos atos como sonâmbula.

 

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