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Coleção Folha traz três contos de Virginia Woolf em versão bilíngue

Sexto volume da série de clássicos da língua inglesa chega às bancas em 13/5

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A escritora Virginia Wolf - Divulgação
São Paulo

Virginia Woolf, conhecida por narrativas que mergulham na consciência dos personagens, é autora dos três contos do sexto volume da Coleção Folha Inglês com Clássicos da Literatura.

A edição, que chega às bancas no domingo (13/5), oferece ao leitor as obras em versão bilíngue, com textos de cada idioma lado a lado, o que permite comparar rapidamente o original e a tradução. Há ainda versões em PDF e em áudio.

O leitor tem a oportunidade de praticar a língua inglesa e ainda conhecer a obra de Woolf (1882-1941), uma das vozes mais inovadoras do movimento modernista.

Suas tramas ocorrem muito mais na cabeça do personagem (o chamado fluxo de consciência, que remete à psicanálise) do que no ambiente externo. A obra-prima deste segmento, conhecido também como monólogo interior, é "Ulisses", do irlandês James Joyce (1882-1941).

O sexto volume abre com o conto "A sra. Dalloway em Bond Street", esboço do romance "Mrs. Dalloway", de 1925, obra mais famosa da autora. Nele, Clarissa Dalloway sai de casa pela manhã para comprar um par de luvas.

O acontecimento, a princípio trivial, ganha novos contornos com as percepções da protagonista sobre as ruas de Londres e pessoas com as quais cruza em seu trajeto.

A técnica narrativa introspectiva surge de forma mais amena em "A Dama no Espelho", segundo conto do volume, protagonizado pela casa vazia de Isabella Tyson. A autora parte da descrição de objetos que inicialmente remetem a um estilo de vida, mas que acabam ajudando a construir uma outra personagem, com seus conflitos internos, a exemplo do materialismo.

Já "A Duquesa e o Joalheiro" tem uma trama convencional mais elaborada, que narra a relação entre Oliver Bacon, um famigerado joalheiro, e a Duquesa de Lambourne, viciada em jogos. Ela procura-o com dez pérolas —supostamente falsas— e apela a Bacon que salve seu débito.

A questão feminista aparece nas obras de Woolf ao retratar a intimidade de mulheres de seu tempo, sujeitas ao conservadorismo do fim do século 19. A autora engajou-se na causa, participando inclusive da reivindicação pelo direito das mulheres ao voto. Ela questionava também a falta de mulheres no cânone literário inglês.

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