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Asia Argento nega 'qualquer relação sexual' com jovem ator que a acusa de estupro

'Nunca fiz sexo com Bennett', disse a atriz, que também fala em perseguição, em comunicado

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A atriz italiana Asia Argento - Alberto Pizzoli - 19.mai.2018/AFP
Loic Venance
RFI

A atriz italiana Asia Argento, acusada de estupro pelo ator Jimmy Bennett no jornal The New York Times, negou "qualquer relação sexual" com o jovem, em um comunicado divulgado nesta terça-feira (21), cuja autoria foi confirmada pelo agente da artista.

"Eu nego e rejeito o conteúdo do artigo publicado pelo New York Times que circula na mídia internacional. Nunca fiz sexo com Bennett", disse a atriz de 42 anos no comunicado, onde fala também sobre "perseguição".

O New York Times revelou no domingo (19) que a atriz italiana, uma das principais acusadoras do produtor Harvey Weinstein, e uma das criadoras do movimento MeToo, havia pago suborno a um jovem homem que alegou ter sido agredido sexualmente pela atriz quando tinha 17 anos.

"Estou profundamente chocada e impressionada com a interpretação de informações absolutamente falsas", diz a atriz, que afirma "não ter escolha a não ser se opor a todas as mentiras e se proteger de todas as formas".

Uma quantia de US$ 380 mil teria sido paga a Jimmy Bennett, um ator e músico de rock norte-americano, que afirma que a atriz abusou sexualmente dele em um quarto de hotel na Califórnia em 2013. O jornal de Nova York cita documentos enviados por uma fonte não identificada.

A atriz italiana não nega ter pago dinheiro a Bennett, mas diz que o fez com o único propósito de ajudá-lo economicamente em um momento em que ele estava com problemas financeiros.

Ataques ao MeToo

A acusação de agressão sexual que teria sido cometida pela atriz Asia Argento despertou críticas ao movimento MeToo, do qual ela é uma das figuras principais, levando as feministas a pedir cautela e denunciar "a ansiedade" de alguns para enfraquecer esse movimento de denúncias de mulheres contra o assédio e a violência sexual.

"Como podemos nos apresentar como justiceiros quando sabemos que somos culpados?", questionou no Twitter Françoise Laborde, jornalista e fundadora de uma associação de mulheres na mídia, dizendo que isso "enfraqueceria a palavra de todas as outras vítimas".

"Prudência", pediram porta-vozes de movimentos feministas entrevistados que criticaram nesta terça-feira a "ânsia" com a qual alguns se engajam em tentativas de se dividir. "Isso dá uma força especial a todos aqueles que criticaram ou fecharam os olhos para MeToo", disse Raphaëlle Rémy-Leleu, do coletivo Osez le Féminisme.

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