Lei Rouanet movimentou quase R$ 50 bilhões desde 1993, mostra pesquisa

Renúncia fiscal no período ficou em R$ R$ 17,6 bilhões

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São Paulo

Alvo de diversas polêmicas no período eleitoral, a Lei Rouanet movimentou quase R$ 50 bilhões entre 1993 e 2018, mostra uma pesquisa inédita realizada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) sob encomenda do MinC (Ministério da Cultura). Os números serão divulgados na manhã desta sexta (14).

A cifra é a soma de impacto direto (R$ 31 bilhões) e indireto (R$ 18,5 bilhões) no período analisado. O número supera o valor da renúncia fiscal concedida pelo mecanismo de incentivo, que foi de R$ R$ 17,6 bilhões desde 1993, em valores nominais —em valores corrigidos são R$ 31 bi​.

As cifras podem estar subdimensionadas, porque os pesquisadores não levaram em conta recursos vindos de outras fontes, as receitas com vendas de produtos —como livros e ingressos— e os gastos que o público faz em grandes eventos, como aqueles com hotel, transporte e alimentação.

As áreas que geram maior impacto econômico, ainda segundo o estudo da FGV, são as de patrimônio cultural (R$ 12 bilhões), artes cênicas (R$ 12 bilhões) e música (R$ 10 bilhões).

As demais áreas contempladas pela lei de incentivo —artes visuais, audiovisual e humanidades— tiveram menor impacto, R$ 5 bilhões cada.

 

Contudo, o investimento na área de humanidades, que inclui o setor editorial e os eventos literários, gera um impacto econômico proporcionalmente maior do aquele feito nas áreas que precisam de mais dinheiro. A cada real investido em feiras literárias ou na produção de livros, R$ 1,7 são movimentados na economia como um todo.

 
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