Parque Ibirapuera é o espaço público mais filmado na cidade de São Paulo

Ranking da Spcine mostra quais as locações da capital mais solicitadas pelo setor audiovisual

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Mateus Solano e Thaila Ayala em "Talvez uma História de Amor"
Mateus Solano e Thaila Ayala em "Talvez uma História de Amor" - Divulgação
São Paulo

Se existe um espaço público da cidade de São Paulo, que completa 465 anos nesta sexta (25), merecedor do título de protagonista das telas de cinema e da TV, este lugar é o parque Ibirapuera.

A pedido da Folha, a Spcine fez um levantamento dos cinco espaços públicos mais requisitados para servirem de cenário para longas (36, em 2018), curtas, séries, documentários e, com mais frequência, filmes publicitários (512 no mesmo período).

“Talvez uma História de Amor”, filme de Rodrigo Bernardo com Mateus Solano e Thaila Ayala, foi uma das produções que utilizou a vegetação do parque como fundo.

Atrás dele, o ranking das cinco locações mais usadas traz a avenida Brigadeiro Faria Lima (onde houve gravações da série “Carcereiros”, da Globo), o viaduto do Chá (“O Doutrinador”, filme de Gustavo Bonafé), a Praça Roosevelt  (“Rua Augusta”, da TNT) e a avenida Paulista (a novela “O Tempo Não Para”, da Globo).

O levantamento leva em consideração 2.586 autorizações para produções do setor audiovisual, emitidas desde que a São Paulo Film Commission, departamento da Spcine que centraliza pedidos de filmagens na cidade, foi criada, em maio de 2016. 

 

Despontam do levantamento algumas curiosidades: “Nada a Perder”, cinebiografia do bispo Edir Macedo, foi a produção que solicitou o maior número de locações —se considerados os dois primeiros anos de funcionamento da Film Commission. O filme que faz uma imagem chapa-branca do bispo utilizou 92 lugares em seis meses de filmagem.

As sequências gravadas em São Paulo nem sempre são referidas como se fossem da própria cidade. Ruas paulistanas estiveram ao fundo de cenas que, na ficção, se passavam no Rio de Janeiro (caso de “Nada a Perder”) e até Los Angeles, como no filme “Não Se Aceitam Devoluções”. 

A série “Sense8” foi a primeira produção internacional que, segundo a assessoria de imprensa da Spcine, a São Paulo Film Commission atendeu.

A Netflix pediu autorização para que pudesse colocar um trio-elétrico na avenida Paulista durante a Parada do Orgulho LGBT e também gravou parte das cenas na avenida Chucri Zaidan, onde simulou parte do mesmo evento.

O longa “Marighella”, que tem direção de Wagner Moura e vai estrear no Festival de Berlim, pediu autorização para filmar em 43 locações distintas. Na lista, está a rua em frente ao Solar da Marquesa de Santos. O filme conta a história do político e guerrilheiro Carlos Marighella.

Também é possível atestar que a cidade de São Paulo está aparecendo cada vez mais. Em 2016, a Film Commission registrou a produção de 513 obras audiovisuais em espaços públicos. Em 2017, esse número foi para 1.033, e voltou a subir em 2018, para 1.040.

Segundo Mauricio Andrade Ramos, diretor da Spcine, longas, curtas, documentários e filmes publicitários precisam sempre pedir autorização para gravar na cidade. 

Essas autorizações têm um custo que varia de acordo com o tempo da gravação e o espaço solicitado. Mas também é prática na Spcine conceder descontos de acordo com, por exemplo, o número de empregos que determinada produção pode gerar na cidade. 

Frequentemente, produções independentes e de baixo orçamento chegam a ter desconto de 100% nos valores apontados em uma extensa tabela, que é publicada no Diário Oficial do Município e no site da Spcine (spcine.com.br/spfilmcommission).

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