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Cinema

'WiFi Ralph' tem roteiro ajeitado, mas o enredo está longe de ser brilhante

Filme depende dos cenários delirantes e da brincadeira de oferecer referências de cultura pop

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Cena de 'WiFi Ralph'

Cena de 'WiFi Ralph' Disney/Divulgação

WiFi Ralph: Quebrando a Internet

  • Quando Estreia na quinta (3)
  • Classificação Livre
  • Produção EUA, 2018
  • Direção Rich Moore e Phil Johnston.

Em 2012, “Detona Ralph” foi mais uma ótima ideia do que propriamente um bom filme. A animação partia da sacada genial de que personagens de games teriam vida além dos horários de funcionamento dos fliperamas.

Assim, eram muitas as possibilidades de aventuras para Ralph, o mais casca-grossa dos vilões dos jogos eletrônicos, mas o roteiro não saiu muito do lugar. Preferiu ficar concentrado no relacionamento do bruto com uma parceira atrapalhada, Vanellope, que “trabalha” em outro game.

Seis anos depois, sem a necessidade de introduzir as características dos personagens, a sequência “WiFi Ralph: Quebrando a Internet” vai um pouco mais fundo em busca de uma boa história.

Mesmo longe de um enredo brilhante como o de “Monstros S/A” ou sem avançar na crítica social como consegue a franquia “Os Incríveis”, os roteiristas já sabem explorar o melhor da truculência de Ralph.

Desta vez, ele não fica passando de um game para outro, como foi sua perambulação pelas máquinas do arcade que era cenário do primeiro filme. Em busca de uma peça para o game de Vanellope, Ralph agora entra na internet, o que expande seus horizontes para arrumar mais confusão.

Uma vez na rede, Ralph não está restrito a encontrar colegas de games. Mesmo que esses ainda sejam maioria entre seus parceiros nas peripécias do roteiro, é divertido ver, por exemplo, o herói-vilão interagindo com o site de leilões eBay.

Animação produzida pela Disney, o filme sabe usar boa parte do cast dos estúdios em participações especiais. Ao mesmo tempo em que é uma aventura movimentada para os pequenos espectadores, é uma atração nostálgica para os adultos na plateia.

As referências a filmes clássicos são abundantes, e o elenco coadjuvante já seria digno de nota pela capacidade de reunir praticamente todas as princesas da Disney. Ariel, Cinderela, Branca de Neve, as heroínas de “Frozen”, Bela, Pocahontas e muitas outras marcam presença.

Além das mocinhas, a lista de referências vai de Mickey Mouse ao Homem de Ferro, passando por Buzz Lightyear, Dumbo, Pateta, Tinkerbell, os robôs de “Star Wars” e os lutadores de “Street Fighter”.

Ainda há o que melhorar na franquia. Embora “WiFi Ralph” traga um roteiro mais ajeitado, o filme depende dos cenários delirantes, com mais de uma centena de ambientes de games criados ou recriados pelos animadores, e dessa brincadeira constante de oferecer referências de cultura pop como isca para os nerds.

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