The Struts ilumina e Interpol escurece público roqueiro do Lollapalooza

Bandas de rock foram atrações do terceiro e último dia do festival

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São Paulo

Apesar de a maior atração do domingo (7) ser um cara do rap (Kendrick Lamar), as bandas de rock deixaram sua marca no último dia de Lollapalooza, em São Paulo.

A britânica The Struts chegou de surpresa (foi anunciada há três semanas) e colocou o público para bater palmas no meio da tarde, às 16h.

Foi um caso de amor à primeira vista, e recíproco. Grande parte disso se deve ao carisma do cantor Luke Spiller, com seus dentes enormes à la Freddie Mercury.

Sem parar de sorrir, Spiller falou com a plateia, fez coraçãozinho com as mãos e perguntou se o público voltaria a vê-los no caso de um retorno ao Brasil. A resposta foi “sssiiiiiiiiiiimmmmm”.

O som da banda é um glitter rock puro, no estilo Kiss ou Marc Bolan e seu T.Rex e do Queen, é claro, nos anos 1970, ensolarado e para cima. 

Spiller chega a se sentar ao piano para uma ou duas canções, a exemplo de Mercury. Com apenas dois discos no currículo, talvez a banda ainda precise de um repertório melhor. 

Prova disso é que num show de apenas 55 minutos, eles encontraram espaço para tocar um cover da saudosa “Dancing in the Dark”, de Bruce Springsteen.

Cinco minutos depois foi a vez dos nova-iorquinos (Brooklyn) do Interpol, no segundo palco. Havia, entretanto, mais gente, mas muito mais gente, nesse show do que no dos Struts.

Apesar de ambos serem rotulados como indie rock, as apresentações não poderiam ser mais diferentes.
O Interpol é uma banda soturna, com baixo em primeiro plano e com vocal contido, com tons deprê. É como se estivéssemos vendo o Joy Division após uma apresentação do New Order.

No caso deles, por exemplo, as imagens nos telões ao lado foram transmitidas em preto e branco. E o vocalista usou óculos escuros impenetráveis.

Já com seis discos nas costas, a banda tinha muitos fãs, mas não empolgou na mesma medida. Os hits eram saudados com gritos, mas o público assistiu de forma um tanto letárgica, como, aliás, combina com a banda. Só não combinou com a luz solar das 17h em Interlagos.

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