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Flip terá torneio internacional de slam na programação principal

Com curadoria de Roberta Estrela D'Alva, apresentação contará com seis poetas de diferentes países

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São Paulo

​“Não tinha mais como a Flip não ter slam. Ignorar era dar as costas para um dos principais movimentos 
literários no Brasil hoje.”

É com esse ar de certa naturalidade, como se as coisas estivessem fadadas a ocorrer, que Roberta Estrela D’Alva fala sobre uma das últimas atrações confirmadas na edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty: um minitorneio de slam, com seis poetas internacionais, que faz parte da programação oficial do evento.

Nos últimos anos, competições de slam têm reunido plateias lotadas Brasil afora. Segundo as contas de Estrela D’Alva, são mais de 150 grupos, em 20 estados, todos com autores que declamam em voz alta seus textos em apresentações que recebem notas a partir não apenas da poesia declamada, mas também de sua performance no palco.

“Ter um slam durante a Flip, em uma festa literária, é mostrar que literário não é somente o que está escrito”, continua Estrela D’Alva, que assina a seleção dos nomes.

A apresentação em Paraty, no litoral fluminense, está marcada para 12 de julho, no Auditório da Praça. Serão três autores de língua portuguesa e três que falam outros idiomas. Pieta Poeta, vencedora do Slam BR no ano passado e representante brasileira na Copa do Mundo da modalidade, que neste ano ocorreu na França, estará acompanhada do escritor e rapper Edyoung Lennon (Cabo Verde) e da portuguesa Raquel Lima.

Os representantes de língua inglesa são a americana Porsha Olayiwola e a britânica Joelle Taylor. Quem defenderá o idioma de Cervantes é o espanhol Salva Soler. “São quatro negros, temos gente gorda, magra, não binária, de diferentes continentes. Toda a diversidade está representada”, conta Estrela D’Alva.

Até porque a parte social, identitária, quase militante, costuma ser parte fundamental no slam. Muitos dos 
textos apresentados nas competições levam ao palco realidades que estão à margem e costuram uma mistura de manifesto com literatura.

Para ajudar quem não sabe inglês e espanhol ou não está familiarizado com os sotaques de Portugal e de Cabo Verde, as apresentações terão legendas e tradução em Libras.

Além da competição entre os seis convidados, que vai seguir o mesmo modelo já testado no Rio Poetry Slam, que ocorre durante a Flup, a Festa Literária das Periferias, a programação da Flip também irá prever um evento com microfone aberto, com slammers e a possibilidade de qualquer pessoa apresentar seus textos.

Feita em parceria com o Museu da Língua Portuguesa, a atração ocorre no sábado, dia 13 de julho, na Casa de Cultura de Paraty. Além disso, entre os dias 1º e 10 de julho, Roberta Estrela D’Alva e a britânica Joelle Taylor farão oficinas com jovens de Paraty.

A Flip ocorre entre 10 e 14 de julho e tem Euclides da Cunha como autor homenageado desta edição. Os ingressos da programação começaram a ser vendidos nesta segunda (3) pelo site flip.byinti.com.

As entradas para as mesas custam R$ 55. Algumas das atrações mais concorridas, caso da abertura com Walnice Nogueira Galvão, já estão esgotadas. De acordo com a organização, porém, eventos lotados podem ter novos ingressos disponibilizados caso ocorra alguma desistência.

Flip

  • Quando De 10 a 14 de julho
  • Onde Paraty (RJ)
  • Preço R$ 55 por mesa, em flip.byinti.com
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