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Japão e Coreia do Sul testam meios de retomar a atividade das salas de cinema

Governo de Shinzo Abe permitiu reabertura parcial; coreanos experimentam tecnologias para evitar contato

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São Paulo

O Japão, terceiro maior mercado do cinema mundial, está preparando uma reabertura cautelosa de suas salas de exibição.

Fechados desde o meio de abril, quando o governo de Shinzo Abe decretou estado de emergência por causa da pandemia, os cinemas de 34 regiões do país planejam reabrir aos poucos nesta próxima semana —estão excluídas áreas mais afetadas, como Tóquio e Osaka.

cinema fechado
Cinema da rede Toho fechado em Tóquio, no final de março - Issei Kato/Reuters

A maior rede de exibição do país, Toho Cinemas, anunciou que vai abrir na sexta-feira (15) dez complexos nas áreas onde a pandemia foi menos grave. A empresa Aeon Cinemas também disse que retomará o funcionamento de 27 multiplexes em várias regiões. Já há alguns cinemas independentes abertos, segundo a revista Variety.

As duas grandes redes de cinema vão, contudo, adotar novas políticas sanitárias, como o uso obrigatório de máscaras pelos funcionários, equipamentos para limpeza de mãos na entrada das salas e espaçamento entre os assentos para manter algum distanciamento social.

A programação dos cinemas ainda é incerta, já que tanto grandes lançamentos mundiais quando produções japonesas foram adiadas.

Na Coreia do Sul, os cinemas estão testando novas tecnologias para atender a espectadores e funcionários com receio de contato físico com outras pessoas.

No país de Bong Joon-ho, as salas não foram obrigadas a fechar, mas a queda nas bilheterias do primeiro trimestre foi da ordem de 65%, comparado com o mesmo período do ano passado, já que os espectadores relutaram em sair de casa.

Maior exibidora do país, a rede CJ-CGV transformou uma de suas franquias em um estabelecimento que chamam "contactless" ou "untact", ou seja, no qual não há contato algum com estranhos.

Todo o trabalho que era realizado pela equipe do cinema, também segundo a Variety, fica agora a cargo de robôs com inteligência artificial, quiosques automáticos e serviços via aplicativo.

Não é preciso ter contato com outra pessoa, nesse espaço ainda experimental, para reservar ou escanear ingressos. A bombonnière foi substituída por caixas automáticas que entregam comida solicitada pelo app da empresa.

Outra empresa, Lotte Cinemas, vai permitir que todos os serviços sejam ativados por reconhecimento de voz, sem atendentes.

A ideia é monitorar como será a recepção dos clientes a esse novo normal.

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