Bruno Luperi, diretor do remake da novela "Pantanal" e neto de Benedito Ruy Barbosa, o autor da clássica versão transmitida na TV Manchete nos anos 1990, disse que sua versão do drama terá menos nudez. A afirmação foi dada em reportagem da Folha sobre a novela, que chegou a ser rejeitada à época pela Globo, a mesma emissora que agora produz o remake.
Sobre o avanço da nudez que a novela proporcionou na época, com os infindáveis banhos de rio de suas atrizes, há a percepção de que aquela era uma produção realizada pouco depois do fim da censura, na avaliação de Luperi. "Eles vinham de uma pós-ditadura, de uma experiência de liberdade muito grande, de testar limites. Hoje, pelo contrário, a gente se policia com 90% do que fala para se dirigir à massa. Vivemos um tempo bem mais delicado", afirmou ele.
O novo autor sabe que serão feitas inúmeras comparações entre sua "Pantanal" e a de seu avô. "O desafio é esse. Meu ponto de partida é que poucas pessoas serão mais fãs da obra do meu avô do que eu. E 'Pantanal' mexe muito com a memória afetiva das pessoas", disse Luperi
Para viver Juma Marruá, a personagem que que vira onça e que foi vivida por Cristiana Oliveira na primeira versão, foi escolhida a atriz Alanis Guillen. Juliana Paes, Renato Góes, Bruna Linzmeyer e Jesuíta Barbosa estão entre os autores que formam o elenco da produção atual.
Recusada pela Globo quando Benedito Ruy Barbosa a ofereceu à emissora, "Pantanal" estreou na TV Manchete e se tornou um clássico, inaugurando uma tradição de teledramaturgias que retratam o mundo rural. O remake de "Pantanal" vai ao ar a partir do dia 28, no horário nobre da Globo, às 21h30.
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