Uma biblioteca digital com acervo de mais de 15 mil livros foi lançada neste mês pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. A plataforma BibliON funciona como um aplicativo que disponibiliza de forma gratuita título de obras literárias que podem ser lidas em computadores, smartphones ou tablets.
Além de livros digitais, o serviço também oferece acesso a audiolivros e a programações culturais como clubes de leitura, podcasts e seminários.
Destinado a moradores do estado, o projeto exige que o usuário informe seu CEP ao realizar o cadastro no sistema antes de poder ler alguma obra do acervo, que, segundo o site de divulgação do projeto, será constantemente atualizado com novos títulos.
Cada usuário poderá emprestar dois livros por vez. Assim como ocorre com uma biblioteca física, o empréstimo das obras pode ser renovado por 15 dias caso elas não tenham sido reservadas por outro usuário anteriormente. O serviço não permite o download dos livros no aplicativo, mas sim pelo site nos computadores. Ainda assim, é possível salvar títulos para a leitura off-line, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela, escolher diferentes modos de visualização para dia ou para noite e acionar a leitura com voz, para saída em áudio do texto.
Entre os títulos que podem ser encontrado no aplicativo até o momento, estão desde clássicos da literatura brasileira, como "A Paixão Segundo G. H.", de Clarice Lispector, até obras contemporâneas que abordam questões sociais, como "Pequeno Manual Antirracista", da filósofa e colunista deste jornal Djamila Ribeiro.
A BibliON também foi desenvolvida pela organização SP Leituras, que gerencia o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo e controla as bibliotecas estaduais do parque Villa-Lobos e do parque da Juventude, na capital paulista.
Num seminário online transmitido no YouTube na ocasião do lançamento da plataforma, Pierre André Ruprecht, diretor executivo da organização, afirmou que a iniciativa vai "oferecer serviços digitais para toda uma nova camada de pessoas que não está habituada a frequentar nossas bibliotecas e, às vezes, nem sequer a ler".
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