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Johnny Massaro diz que se revelar gay o ajudou no filme 'Os Primeiros Soldados'

Ator, que namora com um amigo de infância, protagoniza longa sobre a epidemia de Aids que estreia nos cinemas nesta semana

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São Paulo

No fim do ano passado, Johnny Massaro causou burburinho nas redes com um par de fotos que publicou no Instagram. Nelas, ele aparecia ao lado da mesma pessoa em fases diferentes da vida —na infância e nos dias atuais.

Elas ilustravam o anúncio de que ele estava namorando, havia oito meses, com o professor de direito João Pedro Accioly, seu amigo de infância. Em conversa para falar do novo "Os Primeiros Soldados", Massaro disse que o relacionamento homoafetivo o ajudou a se preparar para o papel no filme queer, mas que este também o motivou a assumir o namoro.

Cena do filme 'Os Primeiros Soldados', de Rodrigo de Oliveira, com Johnny Massaro - Felipe Amarelo/Divulgação

"Tem feito cada vez mais parte da minha afirmação como artista e também como pessoa viver com honestidade em relação às minhas escolhas, sejam elas quais forem. Eu quero dizer isso porque a maneira como eu lido hoje com a homossexualidade e como eu lidava quando eu topei fazer o filme é muito diferente. Eu não sentia exatamente conforto em falar disso", diz.

"O filme veio junto com esse processo de me assumir, então minha vida pessoal e o filme coincidiram. Eu estava vivendo os temas que o filme aborda. A gente está num momento em que é importante que a gente fale cada vez mais disso para vivermos com plenitude quem somos. Eu não sou menos ator por ser gay."

Em "Os Primeiros Soldados", que chega aos cinemas nesta quinta-feira, Massaro dá vida a um rapaz que contrai o vírus do HIV, no início dos anos 1980. Sem um tratamento eficaz disponível ou até mesmo atenção das autoridades de saúde naquele início da epidemia de Aids no Brasil, ele se isola numa casa com dois amigos.

"Filmes como ‘Primeiros Soldados’ me ajudam a afirmar esse lugar [de homossexual]. A gente rodou com ele por muitos festivais e sempre fomos recebidos com muito acolhimento", afirma, citando ainda um trecho de "Dom de Iludir", de Caetano Veloso. "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é."

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