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Cores e pinceladas de Paul Gauguin foram definidas por seu fascínio por tudo exótico

Estilo do pintor se transformou após visita a Martinica e atingiu ápice na Polinésia Francesa, mostra Coleção Folha

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São Paulo

Antes de pintar suas primeiras telas, Paul Gauguin entrou para a Marinha e navegou, durante seis anos, por mares do Brasil, do Caribe, do Mediterrâneo e até do círculo Ártico.

A experiência como cadete a bordo de navios mercantes —e sua participação na Guerra Franco-Prussiana — está em "O Alquimista da Cor", 15º volume da Coleção Folha Grandes Pintores.

Detalhe de pintura de Paul Gauguin que ilustra capa do 15º volume da Coleção Folha Grandes Pintores, 'Gauguin: O Alquimista da Cor' - Divulgação

O volume explora desde o início de sua carreira, em 1873, quando ele se limita a pintar paisagens rurais, até a criação da escola de Pont-Aven, ao lado de Émile Bernard, e sua temporada em Arles com Vincent van Gogh, marcada por trocas estéticas e brigas.

A trajetória do artista francês é destrinchada na coleção para demonstrar como o desejo que Gauguin mantinha de descobrir lugares remotos reflete em suas escolhas estilísticas.

É na ilha caribenha da Martinica, por exemplo, que ele passa a adotar cores mais arrojadas e pinceladas largas, o que o afasta do impressionismo. Neste início, a vegetação predomina nas suas telas e, diferentemente dos pintores dos trópicos, o artista não idealiza a natureza. Em "Idas e Vindas, Martinica", de 1887, o céu é pesado e a luz do sol não ilumina a cena.

Foi após visitar a Exposição Universal de 1889, que comemorou o império colonial francês, que Gauguin se viu fascinado pelas moradias exóticas e as réplicas dos templos de Borobudur e Angkor-Wat. Escolheu por isso partir para o Taiti com a ideia de se "livrar da influência da civilização" e "ver apenas selvagens".

Ali, em uma aldeia a 45 quilômetros da capital Papeete, ele foi seduzido pelos rostos e corpos voluptuosos das mulheres polinésias, engrandecidas em suas telas por paisagens idílicas e cenários irreais.

Mas o Taiti, para o pintor, era civilizado demais, o que fez com que ele buscasse se isolar no arquipélago das Marquesas, também na Polinésia Francesa. Na ilha Hiva Oa, onde desembarcou em setembro de 1901, Gauguin viveu até a sua morte, um ano e meio depois.

Entre as pinturas que produziu nesse período está "A Fuga", tela repleta de misticismo onde um cavaleiro de capuz representa um tupapaú, demônio polinésio encarregado de conduzir os vivos para o reino dos mortos.


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Coleção completa: R$ 687; lote avulso (com seis volumes): R$ 134,70

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