Quem foi Cézanne, considerado por Picasso 'o pai de todos nós'

Tema do 13º volume da Coleção Folha Grandes Pintores, artista francês deu vida a objetos simples e inovou o retrato

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São Paulo

"Um açucareiro nos ensina tanto sobre nós e nossa arte quanto um [Jean-Baptiste-Siméon] Chardin ou um [Adolphe] Monticelli", disse certa vez Paul Cézanne, contrariando seus contemporâneos, que consideravam a natureza-morta gênero um menor.

Tema do 13º volume da Coleção Folha Grandes Pintores, o artista francês —considerado pelo espanhol Pablo Picasso como o "pai de todos nós"— pintou uma enorme quantidade de naturezas-mortas.

pintura
'Nature Morte: Pommes et Poires', ou natureza morta, maçãs e pêras, pintura de Paul Cézanne de 1888-1890 - Reprodução

O pintor refutava os objetos refinados e os alimentos que estragavam rapidamente, que foram tema para as pinturas dos mestres dos séculos 17 e 18. Suas composições se valiam de itens simples e rústicos, como maçãs, cebolas, jarras e garrafas de vidro.

Diferentemente de seus amigos impressionistas —como Camille Pissarro, que o aproximou do movimento—, Cézanne sempre gostou de abordar diversos gêneros, se dedicando tanto a paisagens ao ar livre como a composições de figuras.

Em sua série "Jogadores de Cartas", ele retrata homens humildes da mesma forma reservada a temas históricos ou mitológicos. Compenetrados no jogo, sem deixar transparecer expressão alguma, seus jogadores reinventam a pintura de gênero, que não apresenta em Cézanne nenhuma lição de moral
nem mesmo objetivo social.

Das mil pinturas que compõem o catálogo do artista, há cerca de 160 retratos, nos quais pinta especialmente pessoas íntimas —de Hortense Fiquet, com quem se casou em 1886, há 20 telas. Nelas, o pintor inova o retrato feminino ao abandonar a ideia de um ideal de beleza ou moralidade.

Em todos os quadros em que Hortense aparece, jamais há qualquer sorriso —o que rendeu comentários de que ele pintaria modelos como objetos de natureza-morta.

No final da vida, Cézanne passou muito tempo em seu ateliê de Les Lauves, ao norte de Aix-en-Provence, na França. Lá encontrou "a mais completa tranquilidade" e pediu a amigos próximos que posassem para ele, como o jardineiro Vallier. "Ainda pinto Vallier, mas sou tão lento para criar que fico muito triste", ele escreveu, um mês antes de morrer.


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