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Emmanuel Macron diz que Godard era 'tesouro nacional'; veja repercussão

Ministra da Cultura da França, Edgar Wright, Antonio Banderas e outras personalidades também lamentaram a morte

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São Paulo

Com a morte do cineasta francês Jean-Luc Godard, nesta terça-feira (13), aos 91 anos, artistas e outras figuras públicas publicaram mensagens de luto nas redes sociais.

Emmanuel Macron, presidente da França, disse que a morte do diretor é a perda de um tesouro nacional.

"Ele foi como uma aparição no Cinema Francês", publicou o diretor em seu Twitter. "Ele se tornou um mestre. Jean-Luc Godard, o mais iconoclasta dos cineastas da nouvelle vague, inventou uma arte resolutamente moderna e intensamente livre. Perdemos um tesouro nacional, um olhar de gênio".

Retrato de Jean-Luc Godard
Retrato de Jean-Luc Godard - AFP

Além do presidente, a ministra da Cultura da França, Rima Abdul Malak, também se manifestou em suas redes sociais. "Godard queimou todos os códigos do cinema, varrendo o mundo com uma onda de audácia, liberdade e irreverência."

Malak também citou uma frase de "Acossado", o primeiro filme do diretor, de 1960. "Qual a sua maior ambição na vida? Tornar-me imortal… e então morrer."

Diretores e outras figuras de destaque no cinema também compartilharam mensagens de luto. Edgar Wright, diretor de filmes como "Baby Driver" e "Noite Passada em Soho", disse que Godard foi "um dos cineastas mais iconoclastas e irreverentes".

"É irônico que ele mesmo reverenciasse o sistema de produção de filmes de Hollywood, já que talvez nenhum outro diretor tenha inspirado tantas pessoas a simplesmente pegar uma câmera e começar a filmar."

O ator espanhol Antonio Banderas postou uma mensagem de agradecimento ao diretor por "ampliar as fronteiras da linguagem cinematográfica".

O cineasta britânico Asif Kapadia compartilhou uma reportagem sobre a morte do diretor dizendo "o rei está morto".

O também britânico Stephen Fry compartilhou em suas redes que assistiu "Acossado" "pela enésima vez há duas semanas". "Ainda salta da tela como poucos filmes. Aquela cena entre eles no hotel: quantos outros diretores conseguiriam fazer aquilo em um espaço tão pequeno e tornar tão cativante?"

O diretor brasileiro Kleber Medonça Filho, por sua vez, disse que Jean-Luc Godard morreu, mas "não vai morrer nunca".

Cameron Bailey, crítico de cinema canadense e organizador do Festival Internacional de Cinema de Toronto, relembrou ainda a aversão do diretor pela ideia de ser celebrado depois de morrer.

"Jean-Luc Godard pode ter desprezado elogios póstumos, mas aqui estamos. Seu surpreendente corpo de trabalho durante sete décadas o revelou como um raro e verdadeiro gênio do cinema. Era divertido e punitivo. Desafiou todos os espectadores e recompensou os persistentes."

O diretor Darren Aronofsky também lamentou a morte do diretor. "Aprendi muito com minha cópia em VHS de 'Acossado'", escreveu.

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