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Viola Davis diz ter medo do que acontecerá se 'A Mulher Rei' não lucrar na bilheteria

Atriz sente receio de que um eventual fracasso seja usado por Hollywood para não financiar outras histórias dessa natureza

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São Paulo

Viola Davis está tensa com o novo filme que ela estrela e produz, "A Mulher Rei". A atriz americana não o levou às telas com a intenção de fazer rios de dinheiro, mas afirma que há muita pressão para que as bilheterias não decepcionem.

Viola Davis e John Boyega staViola Davis e John Boyega no filme "A Mulher Rei", de Gina Prince-Bythewood
Viola Davis e John Boyega no filme 'A Mulher Rei', de Gina Prince-Bythewood - Ilze Kitshoff/Divulgação

"Esse filme precisa fazer dinheiro, e isso me deixa tensa. Se não fizer, o que isso vai significar? Que mulheres negras não podem liderar as bilheterias mundiais. É isso. Ponto", diz ela, em entrevista por vídeo, ao comentar a trama que recupera a história das ahosi, guerreiras que protegiam o antigo reino de Daomé, no século 19, onde é hoje o Benim.

"Não é assim que funciona para filmes brancos. Se um deles falha, fazem outro igual. Por isso, tudo se resume às pessoas que vão ao cinema, não a mim ou ao meu trabalho. Eu não quero que elas venham por causa do ‘impacto cultural’ que ele tem por ser negro, mas porque ele entretém como qualquer outro", afirma.

"Se brancos e negros são mesmo iguais, então eu desafio o público a me provar –não pela minha carreira, mas pelo mundo e o cinema que nós queremos daqui para frente."

Na trama, Davis interpreta a líder das ahosi num momento crucial para o reino, já que o rei, papel de John Boyega, vem sendo pressionado para acabar com sua participação no tráfico de escravos para as Américas. Foi assim, na história real e nas telas, que Daomé conseguiu boa parte de suas riquezas, vendendo negros capturados de outras tribos para os europeus.

"A Mulher Rei" é um blockbuster de US$ 50 milhões —o equivalente a mais de R$ 260 milhões—, com efeitos especiais, sequências de ação, cenários e figurinos tão rebuscados e grandiosos quanto os dos filmes de super-heróis. Foi, portanto, difícil conseguir convencer algum estúdio a bancar o projeto, já que não faz tanto tempo que a diversidade passou a ser vista como lucrativa por Hollywood.

Lá fora, os resultados de bilheteria ficaram acima do esperado pela Sony em sua primeira semana de exibição. Mas "A Mulher Rei" ainda precisa provar sua força na maior parte dos mercados internacionais, incluindo o Brasil, onde estreia nesta quinta-feira.

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