A 22ª edição do Manual da Redação da Folha, lançada no ano passado em celebração aos cem anos do jornal, ganha agora uma versão digital. A obra atualiza a versão de 2018, adequando condutas, ações e formatos jornalísticos para os desafios dos novos tempos.
"Verbetes sobre liberdade de expressão, fake news e ataques a jornalistas, por exemplo, se tornaram muito mais relevantes nos últimos dois anos. E passou a ser importante elaborar diretrizes e dispositivos sobre como lidar com essas e outras questões do Brasil contemporâneo", afirma Uirá Machado, repórter especial e coordenador da comissão que elaborou a obra, em depoimento dado no lançamento da edição física.
A versão digital do Manual está disponível em lojas como Amazon, Google Play Livros e Kobo Rakuten e pode ser lida através de aplicativos de leitura e leitores digitais.
Além de questões de conduta e prática jornalística, Machado aponta que a edição especial dos cem anos ainda reflete mudanças na estrutura do jornal, ocorridas após a morte do diretor de Redação, Otavio Frias Filho, em 2018, e novas diretrizes institucionais da gestão de Sérgio Dávila, que o sucedeu, e do publisher Luiz Frias.
A principal delas foi a criação, ainda em 2019, de uma editoria de diversidade, responsável por ampliar a representatividade de gênero, raça, classe, ideologia, religião, orientação sexual e de grupos historicamente marginalizados tanto no noticiário como no corpo de profissionais da Redação, que se pretende cada vez mais inclusiva.
Lançado em agosto de 1984, o primeiro Manual da Redação era parte do Projeto Folha, implementado por Otavio Frias Filho (1957-2018), e que incluía também crítica interna, controle de erros, avaliação profissional e metas. Na época, suas diretrizes e padronizações foram consideradas como uma camisa de força por parte da Redação.
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