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Harry Styles estrela sexo gay acrobático em triângulo amoroso de 'My Policeman'

Ídolo pop é o grande chamariz de filme que segue três personagens entre o Reino Unido das décadas de 1950 e 1990

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São Paulo

"My Policeman" é um filme que se passa em duas épocas distintas, o final dos anos 1950, quando os três personagens centrais se conhecem e começam a se relacionar, e o final dos anos 1990, quando um dos vértices do triângulo amoroso que eles formaram —e romperam— no passado volta para a vida do casal que sobrou junto esse tempo todo.

Baseado em um romance de mesmo título publicado no Reino Unido há uma década, escrito por Bethan Roberts, e agora lançado em mais de 20 países, teve sua adaptação para o cinema dirigido pelo ator e diretor de teatro britânico Michael Grandage.

Harry Styles e Emma Corrin em cena de 'My Policeman' - Parisa Taghizadeh/Divulgação

Ele é um dos nomes mais premiados do teatro britânico, e "My Policeman" é seu segundo longa-metragem. O primeiro foi "O Mestre dos Gênios", de 2016, com Jude Law, Nicole Kidman, Colin Firth, Laura Linney e Dominic West.

"Michael me mandou o roteiro e pediu que eu lesse na hora e depois ligasse para ele. O que eu fiz, lógico", conta Gina McKee, que interpreta a mocinha da trama na segunda fase da história. McKee interpretou a amiga cadeirante de Hugh Grant no filme "Um Lugar Chamado Notting Hill", de 1999, com Julia Roberts.

"Minha história é idêntica", conta David Dawson, que vive Patrick na primeira fase. "Eu já tinha feito teatro com ele e sabia que diria sim para qualquer coisa que ele me convidasse para fazer, fosse no teatro, no cinema ou na TV."

Fazer parte de um elenco formado por Grandage é um sinal de enorme prestígio para um ator ou uma atriz. Mas não é por causa dele que "My Policeman" vem causando furor.

O ímã que atrai público, imprensa e, principalmente, alvoroço na internet é a escolha do protagonista, o tal policial da história, papel de Harry Styles. Como o jovem Tom, Styles leva uma vida dupla.

Casado com a professora de educação infantil Marion, interpretada na primeira parte da trama por Emma Corrin —a princesa Diana de "The Crown"—, ele também é um amante apaixonado do curador Patrick, personagem de Dawson, com quem faz cenas de sexo quentes e acrobáticas, que, óbvio, já vazaram nas redes sociais e foram vistas milhões de vezes pelos fãs do cantor.

O elenco que encarna os três personagens centrais na segunda fase é totalmente diferente. Gina McKee vive a Marion nos anos 1990. Linus Roache, o David Wellington de "Homeland", interpreta o policial Tom na fase madura —apesar de não se parecer nada com Harry Styles—, e Rupert Everett faz Patrick depois de anos de prisão e um derrame.

Nos anos 1950, na Inglaterra, onde se passa a primeira parte da história, a homossexualidade era considerada crime. Talvez por isso não dê tanta raiva do personagem Tom, o policial que se envolve com Marion e a pede em casamento sabendo muito bem que seu coração não estava nada entregue àquele relacionamento.

Talvez seja a escolha de Harry Styles para o papel de Tom a melhor explicação. Styles não é o maior ídolo pop de 2022 por acaso. Ele provoca mesmo essa reação, que mais parece um feitiço, de tornar quase impossível não se encantar por ele.

Mas, enfim, no filme, Tom se apaixona perdidamente por Patrick, um homem um pouco mais velho, muito culto e que não faz nenhum grande esforço para esconder quem é.

E é no apartamento de Patrick que os dois conseguem agir conforme seus desejos e inclinações pessoais. Eles são terrivelmente inclinados um ao outro, transam com gosto, muito, se beijam com vontade. E riem juntos, falam bobagem, adormecem abraçados, perdem a noção do tempo quando estão juntos.

"Quando descobri que Harry Styles faria o papel de Tom, fiquei muito animado", contou David Dawson em uma entrevista por videoconferência, ao lado de Gina McKee. "A vida de um ator pode ser muito maravilhosa, justamente por causa desses encontros que nem todo mundo consegue ter em outra profissão", acrescentou.

"Ele é uma pessoa adorável, um minuto depois de o conhecer eu já tinha esquecido que ele é tão famoso. Não tem nenhuma frescura, é um doce de colega", conta McKee, que não contracena com Styles no filme mas o conheceu depois, nos festivais de que o filme participou antes da estreia.

"E, se um monte de gente assistir ao filme só por causa das cenas de sexo com ele, por mim, tudo bem", diz Dawson, rindo. "Quando você faz um longa, torce para que todo mundo veja. Não tem como controlar o que vai fazer uma pessoa decidir por um título e não por outro. Se o Harry Styles pelado atrair a atenção do público, ótimo", afirmou Dawson. "Mas ainda teremos que fazer um bom filme para embalar essa imagem, e acredito que fizemos isso."

"My Policeman" entra na programação do Prime Video à meia-noite desta sexta-feira. Três dias depois, o canal disponibilizará para aluguel o filme anterior de Harry Styles, "Não Se Preocupe, Querida", lançado neste ano —o filme também passa a integrar o catálogo da HBO Max no mesmo dia. Por coincidência, a trama também se passa nos anos 1950, e Harry Styles também faz cenas quentes de sexo, mas dessa vez com uma mulher, a atriz britânica Florence Pugh.

Quem preferir ver o músico ao vivo, vestido e cantando, vai ter que esperar até a turnê "Love on Tour" chegar ao Brasil, em 6 de dezembro. E ter a sorte de encontrar um ingresso.

My Policeman

  • Quando Disponível a partir de sexta (4) no Amazon Prime Video
  • Elenco Harry Styles, Gina McKee e David Dawson
  • Produção Reino Unido, 2022
  • Direção Michael Grandage
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