Descrição de chapéu Governo Lula

Margareth Menezes toma posse como ministra da Cultura, recriado por Lula

Artista foi empossada nesta segunda em clima de festa com agradecimentos às gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

A artista Margareth Menezes, de 60 anos, foi empossada na noite desta segunda-feira como ministra da Cultura do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, como presidente da República.

A ministra Margareth Menezes, durante sua posse do Ministério da Cultura, no Museu da República
A ministra Margareth Menezes, durante sua posse do Ministério da Cultura, no Museu da República - Eduardo Anizelli/Folhapress

Em clima de festa, a ministra assumiu o compromisso de reconstrução do ministério, celebrou suas raízes afro-indígenas, cantou no teatro do Museu Nacional da República e relembrou o "Love, Love, Love" de Pelé em evento com ministros de Lula e artistas como Fafá de Belém.

"Estávamos tristes, com medo de perseguidos e algumas vezes humilhados. Mas agora abrimos mais uma vez os olhos para este encanto único que é o Brasil, nossa casa que estava sendo demolida de dentro para fora, a partir da sua alma, que é a cultura", disse ela.

"Quem extinguiu o MinC sabe da nossa importância. Combate-se a cultura quando se quer um país calado, obediente", disse. "Houve resistência e ninguém soltou a mão de ninguém", afirmou ainda, ao lembrar o impacto tanto da pandemia quanto do governo de Jair Bolsonaro para o setor.

Além de assinar o termo de posse, ela ainda anunciou nomes que vão compor o ministério —Márcio Tavares na secretaria-executiva, Roberta Martins em comitês de cultura, Fabiano Piúba em formação, livro e leitura, Zulu Araújo em cidadania e diversidade cultural, Henilton Menezes em fomento e economia da cultura, Joelma Gonzaga no audiovisual, Marcos Souza em direitos autorais e intelectuais, Maria Marighella na Funarte e Marco Lucchesi na Biblioteca Nacional.

Menezes agradeceu parlamentares que puseram de pé as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, e relembrou a morte dos dois artistas que deram nome aos mecanismos de incentivo ao setor.

Ela também afirmou que o caminho que ela trilha na reconstrução do ministério é fruto do trabalho de Gilberto Gil e Juca Ferreira à frente da pasta nos governos de Lula. "Vencemos. O MinC está de volta. O Brasil que queremos está de volta", disse.

A primeira-dama Janja também participou do evento e anunciou que a pintura "Orixás", de Djanira, vai voltar ao Salão Nobre do Palácio do Planalto, de onde foi tirada pelo governo Bolsonaro.

"A posse tem um significado simbólico muito grande para o governo do presidente Lula", disse ela ainda, que também afirmou que o futuro secretário-executivo, Márcio Tavares, indicado por ela, fará uma grande gestão.

O evento aconteceu no museu que recebe a exposição "Brasil Futuro: As Formas da Democracia". Ela é parte da programação cultural da posse do presidente Lula, que teve ainda uma série de shows no dia 1º de janeiro com nomes como Pabllo Vittar, Martinho da Vila e Chico César.

A própria Menezes participou do show de BaianaSystem, e em seu primeiro ato público no governo atual cantou a emblemática "Faraó" e foi aplaudida pela plateia.

Após assinar a posse, a cantora foi a um palco na área externa do museu cantar e agradecer ao público, que formou uma grande fila para assistir à cerimônia. Minutos antes de o evento acontecer, a fila dobrava a esquina do museu, e grupos gritavam "deixa o povo entrar" na tentativa de participar do evento, que já estava lotado.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.