Maïwenn, a diretora francesa responsável pelo filme de abertura do Festival de Cannes deste ano, foi acusada de agressão no país. A cineasta é réu de um processo submetido em março por Edwy Plenel, editor-chefe da revista Mediapart.
No caso, apresentado em 7 de março na justiça francesa, o jornalista afirma que Maïwenn teria o abordado, puxado seu cabelo e cuspido em seu rosto durante um jantar em um restaurante de Paris. O incidente aconteceu no fim de fevereiro, segundo Plenel, que diz seguir traumatizado pela ocorrência.
Ainda de acordo com o processo, a diretora estava sozinha em sua mesa quando decidiu pela agressão ao jornalista. Ela até o momento não se pronunciou sobre a acusação.
O vazamento do processo acontece dois dias depois de Maïwenn ter o próximo filme anunciado como a sessão inaugural de Cannes. O filme, batizado de "Jeanne du Barry", marca o retorno de Johnny Depp ao cinema, depois de passar três anos com a carreira em pausa.
A diretora venceu o prêmio do júri do festival em 2011, quando foi selecionada pela primeira vez com o filme "Polissia". Esta é a terceira vez que ela participa do evento: em 2015, dirigiu o filme "Meu Rei", estrelado por Vincent Cassel, Emmanuelle Bercot e Louis Garrel, que esteve também na seleção oficial.
O filme é o primeiro trabalho do ator depois da briga judicial com a ex-mulher, a atriz Amber Heard, com o qual fez um acordo nos tribunais. De acordo com a diretora, Depp teria sido escolhido durante o processo que moveu contra Heard.
Maïwenn foi casada e teve um filho com o diretor Luc Besson, que foi tema de histórias publicadas pelo Mediapart sobre assédio sexual na indústria audiovisual francesa. A revista publicou um relato da atriz Sand Van Roy sobre Besson, em que alega que teria sido vítima de assédio sexual pelo cineasta.
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