O cantor Carlinhos Brown ganhou R$ 400 mil para se apresentar na Virada Cultural, evento que aconteceu entre os dias 27 e 28 de maio em São Paulo.
O músico recebeu um dos cachês mais altos do evento, que contou com 12 arenas espalhadas pela cidade, do centro a Parelheiros, passando por Heliópolis e Itaquera.
Carlinhos Brown recebeu mais que Léo Santana e Gloria Groove, cujos cachês foram de R$ 350 mil. A cantora IZA embolsou R$ 330 mil, a banda Raça Negra foi contratada por R$ 300 mil, mesmo valor que Tarcísio do Acordeon recebeu para se apresentar.
Como a Folha mostrou, a edição deste ano da Virada custou R$ 40 milhões aos cofres públicos, sendo a mais cara em dez anos.
É praticamente o dobro da edição do ano passado, que custou cerca de R$ 22 milhões em valores corrigidos pela inflação.
Para realizar o evento, a Prefeitura de São Paulo gastou R$ 25 milhões com estrutura e R$ 15 milhões na área artística do festival, que chegou à sua 18ª edição com nomes como Marina Sena, Baco Exu do Blues, BaianaSystem.
À época, especialistas criticaram o valor, argumentando que ele é alto demais para um evento que dura apenas dois dias. "É desproporcional. O investimento anual em alguns dos principais equipamentos culturais da capital paulista não chega ao valor da Virada", disse Aldo Valentim, que foi secretário-adjunto de Cultura na gestão de Bruno Cova.
Por outro lado, a Prefeitura afirmou que o valor é reflexo da alta dos preços. "Não houve uma expansão só no investimento das viradas. A gente está pagando mais caro pelo aluguel, pela roupa e pelo alimento. Isso é inflação anual", disse a secretária municipal de Cultura, Aline Torres.
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