Uma empresa do ramo da construção civil cobra na Justiça quase R$ 40 mil do espólio da cantora Gal Costa, morta em novembro do ano passado. A ação foi movida nesta quinta-feira (27), na 13ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A Folha tentou entrar em contato com Wilma Petrillo, viúva de Gal, por telefone e mensagem de texto, mas não obteve retorno até a conclusão desta publicação.
A Brazip Telhas Zipadas do Brasil, que presta serviços de montagem de estruturas e coberturas metálicas, foi contratada, por intermédio da empresa F2 Construções, para uma reforma, em agosto do ano passado, na casa onde a cantora morava com Petrillo, no bairro Jardim Europa, na zona oeste de São Paulo.
A empresa alega ter instalado e fornecido calhas, telhas e um isolamento térmico para o telhado da residência. O valor total do serviço prestado foi de R$ 76 mil e seria pago em duas parcelas. A primeira fatura foi quitada sem problemas, diz a defesa da empresa na ação, mas Petrillo não pagou os R$ 33,9 mil restantes. O valor atualizado da dívida é de R$ 39.418,92.
Por Gal ter morrido em novembro, a empresa diz na ação que acreditou que esse fato havia causado o atraso do pagamento da segunda parcela. Em junho, a empresa expediu uma notificação extrajudicial direcionada ao espólio da cantora, cobrando a dívida, mas não teve resposta.
Nesta sexta-feira (28), a reportagem mostrou que a GMC Produções Artísticas, sociedade entre Petrillo e Gal, já havia acumulado uma dívida de mais de R$ 30 mil com o seguro de saúde da cantora, contratado no início de 2020. O plano de saúde chegou a ser cancelado, e Gal quase não conseguiu realizar a cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita, dois meses antes de sua morte.
A artista foi vítima de um infarto fulminante, conforme consta em sua certidão de óbito. Segundo o documento obtido pela reportagem, a cantora já estava doente com um câncer de cabeça e pescoço.
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