Manuscritos inéditos de Zé Celso foram destruídos, diz ator que morava no imóvel

Peças teatrais foram digitalizadas pelo dramaturgo, que pensou em relançamento pela Academia Brasileira de Letras

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São Paulo

Boa parte do acervo de José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, foi destruído pelo incêndio, afirmou o ator Ricardo Bittencourt, que vivia com o dramaturgo em seu apartamento no Paraíso, na zona sul de São Paulo. São cadernos de anotações sobre projetos, ideias para peças futuras e desenhos para concepção cênica.

José Celso Martinez Corrêa - AFP

As peças autorais de Zé Celso, já encenadas ou em vias de publicação, estão salvas, diz Bittencourt. O material chegou a ser digitalizado na íntegra. Na tarde desta quinta-feira, Bittencourt, Marcelo Drummond, marido de Zé Celso, e o ator Victor Rosa, os três que trabalhavam no Oficina e viviam no apartamento, visitaram o imóvel para avaliar o estado do local.

Segundo Bittencourt, o apartamento foi parcialmente destruído. A parte mais afetada foi justamente o cômodo em que Zé Celso estava. Bittencourt conseguiu resgatar algumas roupas, mas não achou nenhum documento que procurava. Ele conta que o ambiente ainda estava tomado por fuligem e que não conseguia tocar em nenhum móvel sem ficar sujo.

Na noite anterior ao incêndio, Bittencourt debateu com Zé Celso sobre a digitalização de sua obra autoral, incluindo peças inéditas. Por sugestão da cantora Daniela Mercury, o dramaturgo escreveria ao compositor Gilberto Gil na manhã do dia seguinte. Ele pediria ao imortal da Academia Brasileira de Letras que todas as suas peças fossem relançadas pelo selo da ABL.

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