A primeira edição do The Town vai homenagear sua cidade sede, São Paulo. O Rock in Rio paulistano tem seus seis palcos inspirados na capital paulista —o Skyline, por exemplo, o palco principal, onde se apresentam grandes nomes como Bruno Mars e Foo Fighters, foi feito no formato de um conjunto de prédios um do lado do outro, todos com um aspecto metálico.
Estão representados ali o hotel Unique, o Copan e o o prédio com a antena iluminada da avenida Paulista, entre outros marcos da cidade.
O palco The One, o segundo mais importante depois do principal, é inspirado nos museus paulistanos e vai destacar em seus painéis de LED obras de arte, enquanto o Factory tem uma pegada de cultura urbana e street art. Já o New Dance Order reúne importantes festas de música eletrônica da cidade, como a Capslock e a Mamba Negra, e traz DJs relevantes no cenário internacional para tocarem junto com talentos locais, como é o caso do duo da alemã Ellen Alien com a brasileira Bad Sista.
Fora isso, o Market Square, um espaço gastronômico com arquitetura histórica que remete ao Mercado Municipal e aos grandes mercados da Europa, terá comidinhas assinadas por Alex Atala que homenageiam os bairros da cidade, como o yakisoba, em referência à Liberdade, e a pizza de calabresa, à Mooca.
As informações de como será a cara do festival foram divulgadas em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no Autódromo de Interlagos, onde o evento vai acontecer.
A expectativa de público, segundo a organização do The Town, é de 100 mil pessoas por dia durante os cinco dias de festival. A grande maioria delas deverá chegar de trem, já que uma grande parte das ruas ao redor do autódromo estará fechada, numa iniciativa para desestimular que o público vá de carro ou transporte de aplicativo. A estação de trem mais próxima, Autódromo, fica a oito minutos a pé do festival.
O governador do Estado, Tarcísio de Freitas, anunciou que toda a rede de trens e todas as linhas de metrô funcionarão 24h durante os dias do evento. Haverá a opção de trens expressos para o The Town, com poucas paradas.
Uma das novidades divulgadas nesta quinta é que o acesso do público ao festival será mais rápido, graças à uma mudança feita no portão de entrada do autódromo, que já coloca os fãs mais perto dos palcos.
Outra é que não haverá banheiros químicos —a Sabesp construiu uma rede de esgoto no autódromo, ao qual 680 toaletes estarão conectados. Os banheiros estarão espalhados em blocos pela área do evento. Além disso, a área do estacionamento foi terraplanada e virou espaço para a plateia, num aumento de 30 mil metros quadrados de área para os palcos principais.
As mudanças no autódromo são perenes e custaram R$ 190 milhões até agora para a Prefeitura, que bancou as melhorias. Segundo o prefeito, Ricardo Nunes, haverá uma nova rodada de reformas ao custo de R$ 210 milhões, que começará depois do The Town. Como são mudanças estruturais, beneficiarão tanto os festivais de música quanto os eventos de automobilismo.
O prefeito citou um estudo da Fundação Getúlio Vargas, a FGV, que prevê que o impacto econômico do The Town na econômica será de R$ 1,7 bilhão.
A ideia é "transformar o autódromo na cidade da música", disse o prefeito, destacando que o The Town divulga São Paulo para o mundo como uma cidade de entretenimento. Para o governador, o festival "coloca o estado de São Paulo na rota dos megaeventos".
O Autódromo de Interlagos está se firmando como o local dos grandes festivais. Este ano, ele já recebeu o Lollapalooza e, depois do The Town, vai abrigar o Primavera Sound, em dezembro.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.