Relembre a carreira de Léa Garcia na televisão e no cinema em fotos

Aos 90 anos, a atriz contava mais de cem produções com novelas como 'Escrava Isaura' e 'Xica da Silva'

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São Paulo

Com longa carreira nos cinemas, Léa Garcia fez sucesso cedo. A atriz, que morreu nesta terça-feira (15) pouco antes de ser homenageada no Festival de Gramado, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua personagem em "Orfeu Negro".

O filme de Marcel Camus venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro e adaptou a peça de teatro "Orfeu da Conceição", assinada por Vinicius de Moraes, que ambienta o mito grego de Orfeu e Eurídice em uma favela carioca.

Atriz Lea Garcia posa em morro do Rio de Janeiro, com orla de praia ao fundo
Dirigido pelo francês Marcel Camus, o filme 'Orfeu do Carnaval' (1959) transporta o mito grego de Eurídice e Orfeu para o Rio de Janeiro, na época do Carnaval - Divulgação

Depois, a atriz compôs o elenco de "Ganga Zumba" (1963), primeiro filme dirigido por Cacá Diegues nos moldes do cinema novo. O longa conta a história do líder do Quilombo dos Palmares, com trilha de Moacir Santos e participação de Cartola.

A atriz Lea Garcia em cena de "Ganga Zumba"
A atriz Lea Garcia em cena de "Ganga Zumba" - Divulgação

A extensa participação da atriz no cinema nacioal lhe rendeu quatro Kikitos, prêmio máximo do Festival de Gramado, com os longas "Filhas do Vento"(2004), "Hoje tem Ragu" e "Acalanto".

Nos palcos, iniciou com o Teatro Experimental do Negro, grupo liderado por Abdias do Nascimento — com quem teve dois filhos —, e se descobriu uma atriz de talento ao lado de Ruth de Souza. Logo em 1952, estrearia nos palcos com "Rapsódia Negra".

Nas telinhas, compôs o elenco das novelas "O Homem que Deve Morrer" (1971) e "Fogo Sobre Terra" (1974), em que interpreta uma empregada que mata o patrão. Gravada em pela ditadura militar, a cena precisou ser regravada.

Também participou do primeiro programa transmitido inteiramente a cores no país, "Meu Primeiro Baile, Caso Especial", em 1972.

Foi em 1976 que fez sucesso estrondoso ao encarnar a vilã Rosa de "Escrava Isaura", adaptação de Gilberto Braga do livro de Bernardo Guimarães. Sua carreira nas novelas decolou. Na década de 1980, fez "Marina" e "Dona Beija".

Na Tv Manchete, estava no elenco de "Tocaia grande" (1995), de Duca Rachid baseado na obra de Jorge Amado e "Xica da Silva" (1996), de Walcyr Carrasco.

De volta à Globo, nas décadas de 1990 e 2000 compôs o elenco das novelas "Anjo Mau" (1997), em que contracenou com Taís Araújo, "O Clone" (2001), de Glória Perez e "Êta mundo bom!" (2016), em que trabalhou novamente com Walcyr Carrasco.

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