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'Memórias de um Sargento de Milícias' é tema da TV Folha nesta terça (14), às 15h

Publicado no século 19, 'Memórias de um Sargento de Milícias' povoa o Rio idílico do tempo do rei com um realismo jocoso

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São Paulo

Por problemas técnicos, a live agendada para 15h desta segunda-feira foi cancelada.

Publicado entre 1852 e 1853, "Memórias de um Sargento de Milícias" povoa o cenário idílico do Rio de Janeiro do tempo do rei com um realismo jocoso. Em sua obra, que agora integra a Coleção Folha de Literatura Luso-Brasileira, Manuel Antônio de Almeida prevê a imortalidade da figura do malandro, encarnado na obra por ninguém menos do que o protagonista, Leonardo.

Sem saber o quanto o tipo do malandro influenciaria a nossa cultura, Almeida diz, em um dos vários diálogos com quem lê: "Já veem os leitores que a raça dos Leonardos não se há de extinguir com facilidade".

Para falar sobre o livro de Manuel Antônio de Almeida, a TV Folha promove conversa ao vivo no YouTube, nesta terça-feira (14), às 15h. A obra vai ser discutida pela jornalista e crítica literária Paula Sperb e por Sergius Gonzaga, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Leonardo 'nasce malandro feito, como se se tratasse de uma qualidade essencial, não um atributo adquirido por força das circunstâncias", como escreveu o crítico Antonio Candido no ensaio "Dialética da Malandragem". O protagonista é abandonado pelos pais ainda jovem e passa a ser criado pelo compadre do casal.

"O menino tinha a bossa da desenvoltura e isto, junto com as vontades que lhe fazia o padrinho, dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar", diz o narrador.

Malandragem à parte, a obra também passa por temas sociais da época, como as tensões raciais e religiosas. Os rituais afro-brasileiros eram perseguidos pela força policial e acabavam em prisão.

Além disso, havia grupos de ciganos que montavam acampamentos e eram discriminados por seus costumes. Os escravizados não têm voz no livro, mas sua revolta aparece quando comemoram a morte do senhor da casa.

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