A Flip ficou sem luz no começo da noite desta quinta, primeiro dia cheio de programação, causando alvoroço na festa literária.
A energia acabou antes do fim do debate entre Bernardo Carvalho e Lucrecia Zappi na Casa Folha, por volta das 19h10.
A mesa principal, entre o moçambicano Manuel Mutimucuio e a poeta Tatiana Pequeno, não foi afetada por ter gerador próprio, mas o programa de diversas casas paralelas foi interrompido com o susto da falta de luz.
Alguns restaurantes na região usam a luz de velas para continuar funcionando, e as pessoas andam com lanternas de celular nas pedregosas ruas escuras.
O clima geral na cidade é caótico, dominado pelo medo de que a energia não volte a tempo de reestabelecer funcionamento de hotéis e restaurantes nesta noite.
Na Casa Edições Sesc, um dos espaços com programação paralela, o compositor Dori Caymmi falou com o público e cantou em meio à escuridão.
Segundo a Prefeitura de Paraty, o apagão durará duas horas, até 21h, para reparos na rede que abastece Paraty. Já houve uma breve queda de energia no meio da tarde.
A rede elétrica da cidade fluminense é operada pela Enel.
Segundo a empresa, "um raio atingiu a linha de transmissão esta tarde e deixou o fornecimento em meia fase", diz a nota da prefeitura.
"Para o reparo da rede, os técnicos da empresa alegaram que não havia alternativa senão a suspensão do fornecimento por duas horas."
É a segunda vez que a Flip acontece em novembro presencialmente, o que demanda uso intenso de ar condicionado e ventiladores, por exemplo, além da já alta sobrecarga de pessoas usando equipamentos elétricos na cidade litorânea.
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