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Por que a carreira de Elvis Presley impactou de John Lennon a Mick Jagger

Cantor, que ganhou apelido de 'Rei do Rock' e viveu seu auge nos anos 1950, estrela novo volume da Coleção Folha

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São Paulo

Antes que os súditos do Rei comecem a reclamar, a Coleção Folha Rock Stars dedica seu sexto volume, que chega às bancas neste domingo (10), a Elvis Presley. Ele ateou fogo na juventude nos anos 1950 e, sem sua aparição, o rock realmente não existiria.

A lista de astros que apareceram na década seguinte e declaram que Elvis mudou suas vidas é enorme, com John Lennon, Robert Plant, Mick Jagger, Pete Townsend e muitos outros.

Ilustração de Weberson Santiago para o volume da Coleção Folha Rock Stars sobre Elvis Presley
Ilustração de Weberson Santiago para o volume da Coleção Folha Rock Stars sobre Elvis Presley - Divulgação

Na primeira leva de ídolos do rock, Elvis chegou depois de Bill Haley, mas o visual de tiozão deste jogou contra sua tentativa de estrelato. Outros que dividiram a paternidade do rock foram Chuck Berry, Little Richard e Fats Domino —mas eram negros e, por isso, não alcançavam o mesmo potencial de popularidade de Elvis na época, segunda metade dos anos 1950.

Os ingredientes que o transformaram no rei da juventude são, basicamente, quatro: o ritmo então alucinante e revolucionário, a estampa de bonitão, a voz de barítono e a maneira de requebrar os quadris, algo que enlouquecia as garotas na plateia. Como escreve no volume o jornalista Helton Ribeiro, coordenador da coleção, "Elvis injetou libido na música branca".

O mais incrível ao ler o livro, que traz um QR Code para uma playlist de 20 músicas, é ter uma visão global da carreira de Elvis, porque às vezes as pessoas podem ter a impressão de que já conhecem tudo sobre ele.

Elvis foi a primeira das celebridades artísticas a ter sua vida acompanhada em todos os detalhes pela mídia, muito pela atuação de seu empresário, Tom Parker, o "Coronel Parker".

Ele levava fotógrafos e cinegrafistas para as idas de Elvis ao barbeiro, para restaurantes e para as provas de novas roupas. Obrigava seu pupilo a passar horas em sorveterias com suas fãs (e dessa parte Elvis gostava muito).

Parker também foi responsável por uma das decisões mais inesperadas da história do show business, num esforço de reforçar uma imagem de "bom menino" de Elvis. Em 1958, o cantor já vendia milhões de discos e começava uma carreira estrondosa no cinema, detonando bilheterias com "Love Me Tender" e "Jailhouse Rock".

O empresário não fez nada para que Elvis conseguisse dispensa do serviço militar. Ao contrário, incentivou a parada de dois anos na carreira, enquanto o cantor vestiu farda nos quartéis. Ele acreditava que seu retorno geraria uma expectativa tamanha que o levaria a números ainda maiores dos recordes obtidos nos anos 1950, mas não foi bem assim. A música pop mudou.

Os Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan levaram a rebeldia musical e comportamental a um nível muito mais intenso. Elvis atravessaria os anos 1960 com discos nada impactantes e uma carreira em Hollywood com filmes que eram apenas videoclipes longos para que ele cantasse ao lado de garotas bonitas.

Além da redução de sua relevância musical, a mediocridade dos filmes foi determinante para uma gangorra de depressão e euforia que Elvis alimentava com cada vez mais remédios.

O volume da coleção destaca o especial de TV que Elvis estrelou em 1968, que incluiu um show para plateia dentro do estúdio. Era uma "volta aos palcos" depois de anos sem turnês, período que o próprio cantor definiu como "um grande tempo perdido em sets de filmagem".

O show foi espetacular. Mesmo com apenas 33 anos, Elvis parecia um ídolo de um passado distante reencontrando a gana de fazer sua arte.

Para os anos 1970, a opção pelas longas temporadas em palcos de Las Vegas impossibilitou as turnês que Elvis tanto queria. Foram gravados muitos shows dessas apresentações em teatros de cassinos, exibidos em TV e cinema, mas são celebrações cafonas de rock antiquado e música romântica.

Depois de sua morte em 1977, aos 42 anos, entupido de remédios, Elvis passou a pairar acima do bem e do mal. Os shows de Vegas e até os piores filmes em que atuou viraram objeto de culto, assim como sua mansão, Graceland, que recebe meio milhão de visitantes anuais em Memphis, nos Estados Unidos.

Na essência, é a trajetória do homem que criou e embalou o rock até a dominação mundial da juventude. Toda canção roqueira que tenha alcançado o sucesso, de qualquer artista, precisa pagar tributo a Elvis Presley.


COMO COMPRAR

Site da coleção: rockstars.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 25,90 cada volume

Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90

Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90

Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79

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