Um sujeito vivendo em um vilarejo pacato de Portugal no início do século 20 organiza pensamentos em um diário. Em suas observações, a vila é "encardida", as pessoas que ali habitam são "figuras de museu" e a vida é feita de "pequenos ridículos".
Os fragmentos compõem a narrativa em primeira pessoa de "Húmus", de 1917, do português Raul Brandão. A ação do romance é, sobretudo, interna. A lente através da qual o protagonista enxerga seu mundo dá o tom da prosa, considerada precursora do modernismo português.
Com raras edições no mercado nacional no século 21, "Húmus" integra a Coleção Folha Clássicos da Literatura Luso-Brasileira. O volume chega às bancas no domingo.
A vila onde habita o protagonista é um personagem. Embora considere que a vila está estagnada, aparecem mudanças de ânimo na paisagem. Nela, as fofocas e inveja movimentam os moradores.
Em "Húmus", o narrador apresenta Gabiru, personagem que pode ser interpretado como um alter ego do narrador. Gabiru aparece também em outra obra de Brandão, "Os Pobres", de 1906, onde é chamado de filósofo. "É o Gabiru que se põe a falar sem tom nem som. Um homem absurdo. É uma parte do meu ser que abomino, é a única parte do meu ser que me interessa", registra em "Húmus".
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A Coleção Clássicos da Literatura Luso-Brasileira reunirá um total de 30 livros, intercalando obras de grandes escritores portugueses e brasileiros, em edições em capa dura
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