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Best-seller da Inconfidência, Tomás Antônio Gonzaga se inspirou em várias mulheres

Poeta, que integra a Coleção Folha com 'Marília de Dirceu', foi preso por conspiração e mandado a Moçambique

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Porto Alegre

O jornal do dia anunciava o lançamento de mais uma edição, "elegantemente impressa" em três tomos, de "Marília de Dirceu", obra lírica de Tomás Antônio Gonzaga. A Gazeta do Rio de Janeiro de 20 de junho de 1810 dava conta de que o poeta português era um best-seller mesmo após sua morte.

Reimpressões do livro eram frequentes. "Com exceção de Camões [morto séculos antes], nenhum outro poeta português alcançaria no século 19 tantas edições e tamanha popularidade", escreve Adelto Gonçalves na biografia do escritor, "Gonzaga, um Poeta do Iluminismo".

A obra que foi um sucesso de vendas na sua época integra agora a Coleção Folha Clássicos da Literatura Luso-Brasileira. O volume chega às bancas no domingo, dia 22.

Gravura retrata o poeta português Tomás Antônio Gonzaga
Gravura retrata o poeta português Tomás Antônio Gonzaga - Reprodução

Nascido em Portugal, foi no Brasil que o árcade Gonzaga conheceu uma de suas Marílias. Foram diversas as mulheres de sua vida, mas Maria Doroteia foi quem, sobretudo, inspirou o poeta.

É para ela que o autor escreveu a primeira parte da obra. Logo no início, o eu lírico faz uma apresentação típica de um pretendente preocupado em mostrar que é um bom partido. "Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,/ Que viva de guardar alheio gado;/ De tosco trato, d'expressões grosseiro", escreveu.

Além das Marílias, Gonzaga ficou conhecido por ser o poeta da Inconfidência Mineira. Por causa da conspiração contra o Império em favor de uma República, foi preso e condenado. Parte de sua pena foi cumprida na África, em Moçambique.

Formado em direito, ele atuava como corregedor em Vila Rica antes de sua condenação. O poeta chegou a julgar um caso em que deveria decidir se certos negros escravizados deveriam ser libertos após pagarem em ouro pela sua liberdade. Decidiu que não, conta sua biografia, porque não haviam pagado a quantia total.

"O poeta, porém, quando escrevia, saía de seu mundo. Queria ser outro homem. Parecia esquecer aquele ouvidor carrancudo que se irritava com seu enfadonho ofício de dirimir dúvidas e cobrar dívidas", escreveu o biógrafo.


COMO COMPRAR

Site da coleção: lusobrasileira.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 25,90 o volume

Coleção completa: R$ 598,80 à vista ou em até 12x de R$ 49,90 sem juros (para assinantes Folha e UOL)

Demais leitores: R$ 718,80 à vista ou em até 12x de R$ 59,90 sem juros

Lote avulso: R$ 150,20

A Coleção Clássicos da Literatura Luso-Brasileira reunirá um total de 30 livros, intercalando obras de grandes escritores portugueses e brasileiros, em edições em capa dura

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